Um responsável da empresa Cisco Systems, da área das tecnologias da informação, escreveu um artigo no blogue da multinacional norte-americana onde apresenta “como Braga, Portugal, está a usar a ‘Internet das coisas’ para se tornar numa cidade inteligente”.
Na publicação, Chris Oggerino começa por relembrar o facto de Braga ser uma cidade antiga – “do tempo do Império Romano” -, que atualmente “tem cerca de 140 mil habitantes” [NDR. 180 mil é o número correto de habitantes], em média jovens, recordando a “Capital da Juventude em 2012”.
Na publicação, o engenheiro do estado de Nevada partilha um vídeo que apresenta o caso “inspirador” da cidade dos arcebispos, onde a responsável nacional da empresa e o autarca de Braga, entre outros, dão o seu testemunho.
“Braga, como muitas outras cidades, depende parcialmente do Turismo. As pessoas querem uma cidade limpa. Querem ter uma boa experiência nos transportes públicos e reduzir o trânsito nas ruas. Por isso, querem usar a tecnologia para melhorar o dia-a-dia da população e dos visitantes”, escreve, sustentando que o caso de Braga é um exemplo para as cidades que buscam o mesmo.
“Só porque Braga é uma cidade antiga, isso não significa que não possa ser uma cidade inteligente”, afirma. E acrescenta: “É isso que Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, está a fazer dela. Ricardo é o tipo de Presidente da Câmara que eu quero para a minha cidade”.
“Ele importa-se com as pessoas e considera que é sua responsabilidade criar melhores condições de vida, conforme demostram as suas ações. Ele faz o que diz”, elogia o fornecedor da autarquia bracarense.
No artigo, é referido o trabalho realizado nos Transportes Urbanos de Braga (TUB).
“Eles têm uma frota de autocarros que estão a ficar velhos. Os autocarros chegavam atrasados, eram desconfortavelmente quentes ou frios, avariavam com passageiros dentro. Isto causaram algumas frustrações aos passageiros”, descreve. “E, estes problemas chamaram a atenção quando se compreendeu que tal afeta o bem estar da cidade. Tornou-se óbvio que seria necessário fazer alguma coisa”, acrescenta.
Braga tem procurado transformar-se numa ‘smart city’ integral através da implementação de projectos como a instalação do Wi-Fi livre no centro histórico, o reforço da eficiência energética de vários serviços públicos municipais ou, ainda, através do reforço da rede de semáforos inteligentes, segundo referiu Ricardo Rio, durante a sessão de abertura do FICIS 2017 – Fórum Internacional das Comunidades Inteligentes e Sustentáveis, em abril do ano passado.
“Braga é actualmente um laboratório natural para acções inovadoras na construção de uma cidade mais inteligente, seja pela acção das universidades, do Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia ou das empresas que, cada vez mais, escolhem Braga e os seus centros de competências para desenvolverem projectos inovadores”, disse, na altura, o autarca.