Jovem estudante portuguesa de Direito, emigrada em Londres, enfrentou e venceu em tribunal um consórcio britânico de advogados, para ajudar uma compatriota de 69 anos, incapaz de ler e escrever, a receber indemnização de 200 mil euros.

Ângela Maria Sousa Baptista tem 69 anos. É natural da Madeira e não sabe ler nem escrever. Em 2006, foi atropelada em Inglaterra, para onde emigrou sozinha há mais de 40 anos.

Como resultado do acidente ficou com incapacidade física parcial. Sete anos depois, em 2013, a sociedade de advogados Hansen Palomares Solicitors, à qual recorreu para que lhe resolvessem o caso, conseguiu a indemnização.

Mas a história não acaba aqui. A sociedade invocou incapacidade mental da portuguesa e reteve a indemnização e o “direito” a administrar todos os seus bens. Desde então que a idosa tentou, sempre sem sucesso, reverter a situação.

No ano passado, no entanto, num restaurante do Futebol Clube do Porto, em Londres, Ângela conheceu a estudante de direito Alexandra da Silva. A jovem natural de Cardielos, em Viana do Castelo, prontificou-se a ajudar, embora sem o curso concluído, ou seja, não podendo representar a idosa enquanto sua advogada.