Protesto nacional dos profissionais de imprensa interrompe atividades em diversos meios de comunicação, levantando preocupações sobre liberdade de imprensa e condições laborais.
A greve nacional dos jornalistas, realizada ao longo desta quinta-feira, teve um impacto significativo, paralisando totalmente quatro dezenas de órgãos de comunicação social em todo o país, conforme comunicado divulgado pelo Sindicato dos Jornalistas. Além disso, cerca de uma dúzia de outros meios foram afetados de forma expressiva pela paralisação.
Entre os órgãos afetados, destacam-se a Antena 1 e a TSF, que ficaram sem noticiários desde a meia-noite de quinta-feira. A Agência Lusa decidiu fechar o seu serviço aos clientes, enquanto a Revista Visão e a edição online do jornal Público também permaneceram em silêncio ao longo do dia.
O comunicado do sindicato descreveu o impacto da greve em diversos títulos de informação, destacando que na RTP Lisboa, a paralisação foi quase total na editoria de sociedade e ultrapassou a metade nas áreas de política, economia e cultura. Na TVI/CNN Portugal e na SIC/SIC Notícias, mais de metade dos jornalistas escalados aderiram à greve, enquanto o site do Jornal de Notícias também foi afetado pelo protesto.
Esta greve geral, a primeira em mais de 40 anos, foi convocada pelo Sindicato dos Jornalistas em protesto contra os baixos salários, precariedade e deterioração das condições de trabalho no setor.
Ao final do dia, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa destacou o papel fundamental do jornalismo, sublinhando a importância de órgãos de comunicação social fortes para a democracia, num dia marcado pela greve geral dos profissionais da área.
