O Município de Braga vai criar um Observatório para a Reabilitação e Habitação Urbana na Cidade. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, na abertura do debate ‘Viver a Reabilitação’ que entre hoje e amanhã decorre no Museu D. Diogo de Sousa, em Braga. “Com este Observatório será possível medir os impactos das políticas municipais nesta área e, sobretudo, antecipar tendências e preconizar medidas que permitam garantir o equilíbrio de desenvolvimento dos processos de reabilitação urbana e manter a vitalidade da Cidade”, explicou o Autarca, sublinhando que a reabilitação urbana “é um dos eixos estratégicos mais importantes para o desenvolvimento sustentado de Braga”.
Para testemunhar essa importância, Ricardo Rio lembrou que actualmente estão a ser concretizados vários investimentos pelo Município ao abrigo do Plano Estratégico para o Desenvolvimento Urbano de Braga e que ascendem a cerca de 30 milhões de euros. “Além dos espaços públicos, estamos a requalificar edifícios municipais que são estratégicos para a Cidade. O Forum Braga, o Mercado Municipal, a Pousada da Juventude, o Eixo Desportivo da Rodovia, ou a intervenção nos Bairros Sociais da Cidade são investimentos determinantes para a projecção e qualificação de Braga nos mais diversos domínios”, explicou.
Esta “efervescência” na reabilitação que se sente em Braga ganhou um novo impulso nos últimos anos com uma subida de cerca de 40% nas obras de conservação no Centro Histórico. “Desde 2013, foram mais de 500 intervenções de conservação e mais de 200 intervenções de reabilitação e reaproveitamento de edifícios para uma multiplicidade de fins”, concluiu Ricardo Rio.
Além do Autarca Bracarense, a sessão de abertura do debate contou com os testemunhos de Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), e da deputada da Assembleia da República, Helena Roseta.
O debate ‘Viver a Reabilitação’, que decorre até amanhã, 10 de Maio, pretende reflectir a actual conjectura da reabilitação urbana. Os instrumentos de financiamento para acelerar a dinâmica do sector, as prioridades de intervenção e o impacto na salvaguarda do património são questões que irão ser abordados ao longo destes dois dias.