O ano letivo no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga, não começou esta segunda-feira, como era previsto, devido à falta de funcionários. A diretora da escola, Ana Maria Caldeira, não adianta data para o início das aulas.
De acordo com a responsável, o conservatório tem 21 assistentes operacionais fixos, mas efetivamente só 15 estão a trabalhar, devido a baixas médicas. No final desta semana deverão chegar mais sete pessoas para trabalhar a tempo parcial, “mas esse reforço não é suficiente”, diz a diretora.
“Estimamos abrir a escola quando a DGEstE (Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares) for justa e correta na compreensão dos nossos problemas. A portaria que estabelece os rácios pelas escolas atribui-nos 32 assistentes operacionais. O Estado tem de ser cumpridor. No entanto, se tivermos 25 ou 26 já reunimos as condições mínimas para abrir”, esclarece Ana Maria Caldeira, sublinhando que, neste momento, o estabelecimento não conta sequer com funcionários para abrir a cantina.
O conservatório conta com 620 alunos e funciona de segunda-feira a sábado, das 7 às 22 horas. Esta manhã, as portas estiveram abertas, mas sem aulas a decorrer.
Alguns pais juntaram-se à porta para demonstrar apoio à diretora. “Somos solidários, porque é uma situação que se tem arrastado há vários anos. Compreendemos que se trata da segurança dos nossos filhos e, quanto a isso, temos de ser implacáveis”, afirmou o presidente da associação de pais, José Franqueira, pedindo ao Governo uma “solução viável”.
A associação de pais assegurou, nestes dias, a abertura da sala dos alunos para as crianças dos 1º ciclo. “Mas está a funcionar com grandes problemas, porque não tem, por exemplo, o serviço da cantina. Nos outros ciclos não há qualquer estrutura de suporte”, explicou o tesoureiro, Rui Pinto.