Ao longo dos seus 95 anos de vida, Lee foi a mão e mente criadora de alguns dos nomes mais memoráveis das bandas desenhadas da Marvel, como o Homem-Aranha, os X-Men ou Hulk.

O criador de super-heróis dos quadradinhos da Marvel, Stan Lee, morreu nesta segunda-feira aos 95 anos. Lee dava um toque humano aos seus super-heróis e embebia-os das causas em que acreditava, como a luta pelos direitos humanos e a tolerância — foi um dos nomes criadores da empresa Marvel Comics, que acabaria por se tornar uma gigante do mercado de entretenimento, permeando das bandas desenhadas para o cinema.

A notícia foi avançada pelo tabloid norte-americano TMZ e entretanto confirmada pelo advogado da família, Kirk Schenck.

O autor terá morrido no centro médico de Cedars-Sinai, em Los Angeles, para onde foi transportado durante a manhã depois de uma ambulância ter sido chamada a sua casa, nos Hollywood Hills. O criador do Homem-Aranha teve vários problemas de saúde no último ano. “O meu pai amou todos os seus fãs. Foi o maior e mais decente dos homens”, disse a filha do criador da Marvel, Joan Celia Lee, ao TMZ.

Um dos mais importantes autores de banda desenhada, Lee criou personagens que fazem hoje parte da cultura pop e que são reconhecíveis em qualquer parte do mundo. Responsável por uma nova era nas histórias aos quadradinhos, o autor revolucionou a indústria dos comicsao construir super-heróis mais humanos, com problemas, inseguranças e falhas com os quais os leitores, sobretudo adolescentes, se podiam identificar. Com Lee, os protagonistas das histórias de aventuras deixaram de ser perfeitos para se tornarem de “carne e osso”. “É o que todas as histórias devem ter, mas a banda desenhada não o tinha. Eram todos figuras de cartão”, disse em entrevista ao The Washington Post, em 1992.

“Dizem que nunca devemos conhecer o herói da nossa infância. Estão errados”

As primeiras reações já começaram a aparecer nas redes sociais. O ator norte-americano Seth Roger agradeceu ao autor por ter feito com que “as pessoas que se sentem diferentes percebessem que são especiais”, enquanto Elon Musk, CEO da Tesla, garantiu que “as muitas palavras de imaginação e deleite” que Stan Lee criou “para a humanidade vão durar para sempre”. O Exército dos Estados Unidos da Américatambém reagiu à morte do escritor, agradecendo o serviço que prestou. O escritor serviu no Exército entre 1942 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

 

A primeira capa de Stan Lee e mais dez histórias da Marvel