Popular entre desportistas, a creatina não serve apenas para ganhar massa muscular. Estudos mostram que o suplemento também pode ter efeitos positivos no cérebro — mas convém saber como e quando tomá-lo.
É cada vez mais comum ver frascos de creatina nas mochilas do ginásio. Mas, antes de aderir à suplementação da moda, convém saber que a creatina vai muito além dos músculos — e que a forma como é consumida pode fazer diferença nos resultados.
De acordo com um estudo publicado na Revista da Sociedade Internacional de Nutrição Desportiva, tomar creatina com o estômago vazio pode causar desconforto abdominal e reduzir a eficácia da absorção. Os investigadores explicam que ingerir o suplemento com uma refeição rica em hidratos de carbono pode ajudar a aumentar a captação de creatina pelos músculos, maximizando o seu potencial.
Mas o que faz exatamente este composto?
A creatina é uma substância naturalmente produzida pelo corpo, que desempenha um papel essencial na produção de energia durante esforços de curta duração e alta intensidade. A suplementação permite elevar os níveis intramusculares de creatina, o que se traduz em melhor desempenho físico, maior força, recuperação mais rápida e menor risco de lesões.
No entanto, a ciência começa a olhar para a creatina com novos olhos.
Vários estudos sugerem que este suplemento também atua no cérebro, podendo melhorar funções cognitivas, concentração e resistência mental, especialmente em situações de stress, privação de sono ou envelhecimento. Isso acontece porque o cérebro, tal como os músculos, utiliza creatina como fonte de energia.
A creatina pode ser tomada em pó ou em cápsulas, e não há uma “hora ideal” para a ingestão — o importante é a regularidade e o acompanhamento profissional. Ainda assim, os especialistas alertam que o suplemento não substitui uma alimentação equilibrada nem é uma solução mágica para quem treina.
Em resumo, a creatina é mais do que um reforço para os músculos: é um aliado do corpo e da mente, desde que usada com bom senso e conhecimento.
