A Câmara de Braga e a Universidade do Minho vão desenvolver um “projeto integrado de valorização e musealização” do conjunto arqueológico das Carvalheiras, com vista a tornar o local visitável pelo público.

O projeto, cujo protocolo para execução foi hoje assinado entre aquelas entidades, será desenvolvido em duas fases, prevendo-se que o “pré-projeto” seja apresentado no primeiro semestre de 2019.

“Este é o momento de reafirmação da parceria existente com a Universidade do Minho, com o conhecimento que é produzido na cidade e ainda com a valorização do património de uma cidade que ambiciona ser Capital Europeia da Cultura [em 2027]”.

A primeira fase, que será desenvolvida durante 2019, inclui a conceção da “solução arquitetónica de musealização das ruínas e dos circuitos de visita, das soluções de conservação e cobertura dos vestígios, da solução arquitetónica do centro de interpretação e da sua articulação com a área a visitar e do tratamento da envolvente, que implica uma solução de arranjo paisagístico do interior do quarteirão das Carvalheiras”.

A segunda fase, que diz respeito à execução do projeto, será desenvolvida a partir de 2020.

“Braga vai ter assim uma ampla área patrimonial musealizada e aberta ao público, que constituirá um equipamento de grande valor histórico e cultural, verdadeiramente emblemático da origem romana da de Braga, capaz de ajudar a reforçar a sua identidade e a diferenciar a oferta cultural de Braga, reforçando a sua singularidade, competitividade e atratividade”, enumerou o autarca.

O projeto pretende ainda criar as condições para dotar o interior do quarteirão das Carvalheiras de um parque urbano, aberto à cidade e aos visitantes, anexo às ruínas, que facultará um usufruto qualificado do espaço pelos cidadãos e o desenvolvimento de atividades culturais e de lazer.

A Zona Arqueológica das Carvalheiras, classificada como Imóvel de Interesse Público, desde 1990, localiza-se no interior de um amplo quarteirão da cidade, situado a noroeste do Centro Histórico.

Entre 1983 e 2000 a Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho realizou trabalhos no local que permitiram descobrir um “significativo e diversificado conjunto de estruturas arqueológicas, correspondentes a uma área residencial da cidade romana de Bracara Augusta”.

Atualmente, a Zona Arqueológica é composta por um extensa área de ruínas (cerca de 1900 metros quadrados), que definem um quarteirão residencial da cidade de Bracara Augusta.