Seleção Nacional obteve um dos triunfos mais brilhantes da história do andebol português
A Seleção Nacional alcançou esta quinta-feira uma das maiores vitórias da história do andebol português, ao bater a França (seis vezes campeã do Mundo, três da Europa e duas olímpicas) por 33-27, numa partida realizada em Guimarães e referente à terceira jornada da fase de qualificação para o Campeonato da Europa de 2020.
Em 31 confrontos anteriores, a equipa das Quinas tinha perdido por 29 vezes, empatado uma e ganho apenas outra, a 4 de fevereiro de 1980, percebendo-se assim a dimensão do resultado obtido pelos comandados de Paulo Jorge Pereira.
Com esta vitória impressionante, Portugal deu um grande passo para chegar à fase final, na qual não participa desde 2006, pois já tinha ganho as rondas anteriores frente à Roménia por 21-13 e à Lituânia por 25-23.
Este Europeu será o primeiro a ser jogado por 24 seleções e a ser organizado por três países (Áustria, Noruega e Suécia).
Num Pavilhão Multiusos completamente lotado, Portugal teve como melhor marcador António Areia, com seis golos, bem secundado por Gilberto Duarte (cinco). Mas os guarda-redes também tiveram influência neste desfecho: Humberto Gomes, que ao intervalo já tinha oito defesas, parou um livre de sete metros e Hugo Figueira dois.
A vantagem lusa chegou a ser de oito golos em três ocasiões (26-18, 29-21 e 30-22).
A Seleção volta a defrontar os gauleses este domingo, em Estrasburgo (16h30, TVI24), qualificando-se automaticamente para o Europeu em caso de nova vitória.
Paulo Pereira, selecionador de Portugal, acredita que Portugal estará na fase final do Europeu de 2020
Sobre o jogo: “Foi o melhor jogo desde que lidero a seleção. Sempre sentimos que podíamos vencer. Foi o jogo da minha vida a que mais tempo dediquei. O mais importante foi conseguirmos que os atletas não hesitassem em nenhum momento. Andámos a hesitar nos últimos anos. Às vezes, hesitamos no remate ou na defesa. Os jogadores têm trabalhado muito bem nos clubes e este trabalho na seleção é apenas a ponta do iceberg”.
França sempre forte: “Agora, o próximo passo é conseguir manter esta forma de estar fora de casa. Normalmente, fora de casa, temos outra postura. Não basta fazer um jogo excelente. A França continua a ser uma das três melhores equipas do mundo, mesmo sem o Nikola Karabatic. Estamos felizes. Pensamos já no jogo de Estrasburgo [as duas seleções voltam a defrontar-se no domingo].”
O apuramento: “Falta um empate para garantir o apuramento para o Europeu de 2020. É quase impossível falhar, mas enquanto não estiverem todos os números garantidos, temos de manter esta postura. O importante é qualificarmo-nos para o Europeu, seja em primeiro, em segundo ou em terceiro.”
França dominada: “Somos uma equipa de trabalho. Ao nível da semana de trabalho, os jogadores tiveram um determinado tipo de carga. Eles vêm de diferentes competições. Fomos gerindo os jogadores. Fomos alternando os pivôs. A França não teve nenhuma possibilidade de vencer o jogo.”