O Castelo de Guimarães foi distinguido com o Prémio Cinco Estrelas Regiões na categoria “Monumentos Nacionais”, anunciou hoje fonte da autarquia.
Em comunicado, o município adiantou que aquela distinção baseia-se num “sistema de avaliação que identifica, segundo a população portuguesa, o melhor que existe em cada um dos 20 distritos (incluindo regiões autónomas) ao nível de recursos naturais, gastronomia, arte e cultura, património e outros ícones regionais de referência nacional; bem como premeia empresas portuguesas que se diferenciam a nível regional”.
“Através de uma votação nacional, os portugueses identificaram, para cada um dos distritos, o que consideram extraordinário a vários níveis (estudo envolveu 205.895 indivíduos). Esta votação foi gerida pela Multidados.com, uma das empresas de estudos de mercado parceiras dos Prémios Cinco Estrelas”, é ainda explicado.
Castelo de Guimarães
Classificado como Monumento Nacional, o Castelo de Guimarães está na origem da Nação Portuguesa. Foi a primeira estrutura militar construída em Vimaranes, (Guimarães) data provavelmente do século X, mandada edificar por Mumadona Dias, que herdara do seu marido o governo das terras de Portucale. Em 1127, D. Afonso Henriques e as suas forças resistiram aí às forças de Afonso VII de Leão e Castela. No ano seguinte, mais precisamente em 24 de junho de 1128, D. Afonso Henriques venceu aí as forças da sua mãe, D. Teresa, dando assim origem ao novo reino, o reino de Portugal.
Já entre o final do século XII e o início do século XIII, o rei D. Sancho I definiu os limites da vila, dando assim, início à construção das muralhas. Em meados desse século, já debaixo do reinado de D. Afonso III, ficou definido o traçado definitivo das muralhas que passaram a unificar a vila do Castelo, no topo do Monte Largo, e a vila de Santa Maria, no sopé. As muralhas ficaram concluídas já no início do século XIV, no reinado de D. Dinis.
As muralhas viriam a ser reforçadas já na segunda metade do século XIV, no reinado de D. Fernando, para proteger a vila das investidas do rei D. Henrique II de Castela, que começava a invadir Portugal desde o Minho, tendo já conquistado a vizinha Braga.
Em 1389, o rei D. João I unificou as comunidades alta e baixa da povoação de Vimaranes, juntando-as sob um único concelho ao qual passou a dar o nome de Guimarães. Nesta altura, a muralha contava com um perímetro de 2Km, sendo rasgada por oito portas e reforçada por oito torres. Com os avanços tecnológicos e os progressos militares, o Castelo de Guimarães começou a perder a sua importância militar e a ser relegado para segundo plano, passando a abrigar a Cadeia Municipal, no século XVI. No século seguinte, o castelo passou a assumir a função de palheiro do rei, começando assim a sua ruína. Em meados do século XIX, a Torre de São Bento foi mandada demolir.
Em 1853, Guimarães foi elevada a cidade pela rainha D. Maria II, sendo mais tarde, em decreto publicado a 19 de março de 1881, o Castelo classificado como “Monumento Histórico de 1ª Classe”, o primeiro da região do Minho.
Já no século XX, o Castelo de Guimarães foi classificado como Monumento Nacional, nos anos de 1908 e 1910. Em 1937 deu-se início a uma extensa campanha de intervenção para a recuperação do Castelo e das Muralhas, vindo o Castelo a ser reinaugurado em 4 de junho de 1940, para as comemorações do VIII Centenário da Fundação da Nacionalidade.