O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal disse hoje que a greve dos trabalhadores da distribuição alimentar e não alimentar neste 1.º de Maio é uma das maiores dos últimos anos.
É uma das maiores greves que temos feito nos últimos anos, nomeadamente no setor da distribuição, com grande adesão dos trabalhadores, com elevadas percentagens de adesão nas lojas maiores e com adesões que fazem encerrar as lojas mais pequenas”, adiantou à agência Lusa a dirigente Isabel Camarinha.
O Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITESE), que também convocou uma paralisação nos supermercados hoje, disse que a adesão à greve dos empregados da distribuição neste 1.º de Maio foi superior em mais 10% à iniciativa de 2018.
“O ano passado nas lojas do grupo Sonae, Auchan e Jerónimo Martins a adesão tinha rondado os 50% e este ano a adesão foi superior em mais 10% e, neste momento, as lojas estão a laborar com serviços mínimos”, referiu o sindicalista Luís Azinheira.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical disse que as entidades patronais “colocaram chefes de secção a trabalhar” e que a adesão ronda os 60% em grande parte das lojas daquelas três grandes superfícies.
Posição diferente tem a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) que, em comunicado enviado à agência Lusa, considera que “as lojas de retalho alimentar e não alimentar estão a funcionar com normalidade, dentro dos habituais horários de funcionamento previamente estabelecidos para este dia”.
Segundo Isabel Camarinha, 60 a 70% dos supermercados da cadeia Mini-Preço estão encerrados nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal, Aveiro, Coimbra, Braga e também no Algarve.
A sindicalista acrescentou que, das lojas que estão abertas, “muitas funcionam com horários reduzidos porque não têm trabalhadores para ter a loja a funcionar o dia inteiro”.