Cinco médicos foram detidos no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária durante uma investigação que terá lesado o Sistema Nacional de Saúde em um milhão de euros.
Em comunicado, a PJ informa que foram detidos cinco médicos, um proprietário de uma farmácia e cinco outros indivíduos. Com idades compreendidas entre os 40 e 79 anos, 10 do sexo masculino e dois do sexo feminino, vão ser presentes às autoridades judiciárias competentes para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.
Segundo a PJ, estará em causa a “emissão de receituário manual, utilizando as exceções existentes para a sua prescrição e que permitem a sua comparticipação em 100% pelo SNS, além de receitas desmaterializadas, de valores muito elevados e com inúmeras unidades prescritas”, que terão lesado o Estado em cerca de um milhão de euros.
A operação, denominada de “Antídoto”, conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), em estreita colaboração com o Ministério da Saúde, mobiliza 110 elementos desta Polícia Judiciária, com a colaboração de vários elementos dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e do INFARMED, estando a dar cumprimento a 30 mandados de busca e 11 mandados de detenção, lê-se no comunicado.
As diligências, acompanhadas por três procuradores do DIAP de Sintra, na presença de dois juízes do Tribunal Judicial da Comarca de Sintra, levaram a buscas em consultórios médicos, domiciliárias, estabelecimentos de saúde, não domiciliárias e cumprimento de mandados de detenção, relacionadas com factos suscetíveis de enquadrar, em abstrato, os crimes de Corrupção, Burla qualificada, Falsificação de Documento e Associação Criminosa.