O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, visitou esta Terça-feira, 23 de Julho, os trabalhos arqueológicos em curso na Insula das Carvalheiras no âmbito do projecto de valorização, musealização e adequação à visita daquele conjunto arqueológico.
O projecto, que deverá estar concretizado até 2021

e que resulta de um protocolo com a Universidade do Minho, vai permitir aos Bracarenses e visitantes um maior conhecimento da história da Cidade através de uma experiência interactiva, alicerçada nas media arts.


“Este espaço vai propiciar uma verdadeira viagem no tempo, com a entrada num Centro Interpretativo que terá uma dimensão moderna e tecnológica e com um percurso até ao interior deste espaço que constitui um importantíssimo legado romano”, sublinhou Ricardo Rio durante a visita em que participaram também o Reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, e a equipa de arquitectos e arqueólogos responsáveis pelo projecto.

Para além da componente arqueológica, o projecto prevê a criação de um parque urbano anexo às ruínas, que facultará um usufruto qualificado do espaço pelos cidadãos e o desenvolvimento de actividades culturais e de lazer.

A Cidade passará assim a dispor de uma ampla área patrimonial musealizada e aberta ao público, que constituirá um equipamento de grande valor histórico e cultural, “verdadeiramente emblemático da origem romana de Braga, capaz de ajudar a reforçar a sua identidade e a diferenciar a oferta cultural da Cidade”.A primeira fase do projecto contempla a concepção da solução arquitectónica de musealização das ruínas e dos circuitos de visita, das soluções de conservação e cobertura dos vestígios, da solução arquitectónica do centro de interpretação e da sua articulação com a área a visitar e do tratamento da envolvente, que implica uma solução de arranjo paisagístico do interior do quarteirão das Carvalheiras.

Além da coordenadora científica das escavações, Manuela Martins, este trabalho está a ser desenvolvido por uma equipa de arquitectos com reputada experiência na relação com a arqueologia e na musealização de vestígios romanos.
Alejandro Beltran-Caballero e Ricardo Mar, que acompanharam a visita à Insula das Carvalheiras, estão a conceber um discurso narrativo que irá mostrar aos visitantes a história da Cidade a partir da percepção dos vestígios arqueológicos.

“As ideias estão a ser discutidas em parceria com a Universidade do Minho e com o Município de Braga. Queremos que as ruínas sejam um elemento explicativo, seja através das através das coberturas, das media arts, de painéis ou de reconstruções virtuais. Por outro lado, teremos um parque urbano para que este não seja um conjunto arqueológico fechado”, explicaram.