Porta-voz da ANTRAM acusa os sindicatos de não terem tido abertura durante as negociações.
A reunião entre motoristas e patrões terminou sem acordo e não há entendimento sobre a definição de serviços mínimos para a greve que se inicia no próximo dia 12 de agosto.
O porta-voz da ANTRAM, André Matias de Almeida, confirmou a ausência de entendimento e acusa os sindicatos de terem reunido sem “nenhum tipo de abertura”.
“Infelizmente a reunião termina sem acordo, uma vez que a ANTRAM apresentou aqui uma proposta que entendia ser responsável. É importante dizer que os sindicatos propunham 25% quando a anterior greve tinha 40% de serviços mínimos. A ANTRAM achou que não era responsável para os portugueses e a proposta que o sindicato teve no fim de várias horas à espera foi um mero aditamento e dizer que não concordava com as propostas”, explicou o responsável à saída da reunião.
Matias de Almeida justificou que a ANTRAM tentou pedir que os serviços mínimos fossem revistos “para que os portugueses pudessem fazer uma vida com menos impacto do que a última greve e a resposta dos sindicatos foi a de que não só mantinha os serviços mínimos, como não faria qualquer tipo de trabalho suplementar, mais do que isso não farão descargas, apenas conduzirão os camiões e transportes de combustíveis, não farão descargas de nenhum tipo de mercadorias nem combustíveis”.
A ANTRAM acusa os sindicatos de terem assumido uma postura de “vitimização”, numa altura em que, diz, os patrões propõem “o maior aumento de sempre em contrato coletivo de trabalho”.
“Os sindicatos poderiam negociar para os seus trabalhadores, a partir do próximo ano, um aumento de cerca 300 euros e um aumento para 2021 e 2022 indexado ao salário mínimo nacional, algo que teimam em não fazer com reivindicações deste género e com posturas que assumiram hoje utilizando expressões como ‘vão rolar cabeças'”, referiu o responsável.
Os patrões pedem uma atitude “socialmente responsável” na altura de o Governo decretar serviços mínimos.