Albano morreu em casa meia hora após ida à urgência

Foram displicentes, incompetentes e negligentes com o meu marido.” As palavras de revolta são de Maria Alice Silva, uma bracarense que perdeu, a 4 de janeiro, o companheiro de uma vida, cerca de meia hora depois de este ter tido alta no Hospital de Braga.

O médico da urgência apontou-lhe uma dor ciática e indisposição no estômago para justificar as dores na virilha, na perna e os enjoos. Mas Albano Pereira, com 70 anos, “morreu de um enfarte fulminante, mas anunciado”, denuncia a família. O caso foi encaminhado para o Ministério Público.

Com problemas cardíacos há vários anos, inclusive episódios de enfartes e um AVC, Maria Alice ficou inquieta com as dores do marido, na madrugada do dia 4. Ligou para a Linha Saúde 24, que aconselhou chamar os bombeiros, depois ligou para o 112, mas Albano Pereira acabaria por ser transportado pela Cruz Vermelha de Amares, com ajuda de um familiar, uma vez que o INEM “recusou transporte, por não haver motivos”, lamenta Rita Pereira, filha da vítima.

In “JN”