A cerimónia de entrega do prémio teve lugar esta manhã, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães, com a presença de Adelina Pinto, Vice-Presidente, Rui Viera de Castro, Reitor da UMinho, e Dom Duarte, Duque de Bragança.

Ao final da manhã de hoje, terça-feira, 4 de fevereiro, foi entregue, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Guimarães, o Prémio Príncipe da Beira, edição de 2019, um galardão instituído pela Fundação D. Manuel II, a Universidade do Minho e o Município de Guimarães e cujo objetivo é reconhecer a investigação de excelência na área das ciências biomédicas. Presentes na mesa, Adelina Pinto, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Rui Vieira de Castro, Reitor da Universidade do Minho, e Dom Duarte, Duque de Bragança.

A abrir a cerimónia, assistiu-se à atuação de um Ensemble de Flauta, do Conservatório de Guimarães, a que se seguiu a intervenção de Adelina Pinto, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, que enalteceu as virtudes de um prémio que, na sua opinião, “é de extrema importância para a qualidade de vida das nossas populações”. A Vice-Presidente referiu ser um privilégio para Guimarães poder contar com instituições prestigiadas no que diz respeito ao ensino e à investigação, como é o caso da Universidade do Minho e o grupo de investigação em Biomateriais, Biodegradáveis e Biomiméticos, 3B’s, entre outros. “Não queremos que Guimarães seja apenas o Berço de Portugal, mas que seja também o “berço do futuro do desenvolvimento científico”. Adelina Pinto congratulou-se com as 44 candidaturas ao Prémio Príncipe da Beira e pela sua grande qualidade, bem como a pertinência da temática das investigações. A Vice-Presidente terminou a sua intervenção dizendo que “a investigação e o conhecimento serão os baluartes da nova sociedade e Guimarães quer estar na linha da frente”.

Rui Vieira de Castro, Reitor da Universidade do Minho, realçou o papel insubstituível da ciência e do conhecimento pelo facto de contribuírem para o alargamento do conhecimento sobre a vida humana e para intervirem de forma decisiva nas transformações da nossa realidade. “O conhecimento científico depara-se com discursos alternativos que contradizem o óbvio para a comunidade científica, pelo que combater estas ameaças é imperativo”, disse. Para Rui Vieira de Castro, os prémios científicos têm um papel importante no incentivo à investigação e, dessa forma, ao desenvolvimento da ciência.

Dom Duarte, Duque de Bragança, referiu que Guimarães é o berço de Portugal, um país que sempre foi grande “quando soube abrir-se ao mundo”. Para Dom Duarte, as descobertas geográficas e humanas que Portugal encetou foram promotoras de progresso científico. O Duque de Bragança vincou a importância do Prémio Príncipe da Beira que, como outros prémios de investigação, tem o dom de permitir a inovação e o avanço na área científica.

De referir que o júri do Prémio Príncipe da Beira, que incluiu personalidades e cientistas de mérito, como Manuel Braga da Cruz, Rui L. Reis, Miguel Oliveira, Adalberto Neiva de Oliveira, Adelina Paula Pinto e António Ferreira, decidiu atribuir uma Menção Honrosa a Lúcia Raquel Moreira Faria, internista no Hospital de S. João, no Porto, pelo trabalho cuja temática versou o Lúpus Eritematoso Sistémico, uma doença autoimune debilitante e imprevisível, caracterizada pela heterogeneidade clínica e laboratorial.

A investigação vencedora, premiada com um valor pecuniário de 15 mil euros, é da autoria de Ana Catarina Macedo da Silva, investigadora no IPO do Porto, e teve como tema o perfil de metilação de micro RNAs como ferramenta de deteção em biopsia líquida e como biomarcadores de resistência à radioterapia em paciente com cancro esofágico.