Ricardo Rio vai ser eleito amanhã presidente da Comissão Executiva do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular. O presidente da Câmara Municipal de Braga lidera a lista única aos órgãos sociais, que vai ser votada na Assembleia desta associação transfronteiriça, em Matosinhos.

Ao ‘Correio do Minho’, Ricardo Rio realça a importância de assumir novamente a presidência do Eixo Atlântico “tanto na perspectiva pessoal, como institucional enquanto presidente da Câmara de Braga”, na medida em que “o Eixo Atlântico é um dos espaços de colaboração que Braga tem em que mais ganha em participar activamente”.
“Tem sido muito proveitoso para Braga participar no Eixo Atlântico. Aliás, todos ganham nesta relação de parceria e proximidade que o Eixo Atlântico tem promovido”, afirmou, recordando que esta relação de Braga com o Eixo Atlântico “foi intensificada” desde que assumiu os destinos do município bracarense. “Até 2013, Braga vivia distante desta realidade do Eixo Atlântico”, constata.

Os estatutos do Eixo Atlântico foram recentemente alterados, o que se reflectiu também a nível de órgãos sociais. Até agora “havia como que uma sucessão quase automática e rotativa dos cargos”. Os novos estatutos alteraram essa situação e os órgãos sociais vão ser eleitos, pela primeira vez, com Ricardo Rio a avançar com uma lista que une personalidades dos dois lados da fronteira, numa lógica de reforço do espírito transfronteiriço.
Rio é actualmente presidente da Mesa da Assembleia do Eixo Atlântico, mas também já assumiu a presidência da Comissão Executiva em 2015/2017.

Para este novo mandato, que será de dois anos, Ricardo Rio mostra-se entusiasmado e revela já algumas das suas prioridades, que vão passar pelo “fortalecimento de um projecto colectivo nas várias dimensões que o Eixo Atlântico já tem vindo a trabalhar”, nomeadamente a nível da reivindicação de melhores infra–estruturas, como a nível da ferrovia; da valorização de projectos comuns, como a revitali- zação dos Caminhos de Santiago; mas também em dimensões tão importantes como a Cultura e o Desporto.
“O Eixo Atlântico é ainda um espaço que traz vantagens para as cidades localizadas nos seus domínios”, acrescenta mencionando a Agenda Urbana que potencia e identifica as melhores soluções para o desenvolvimento sustentável da região, alinhado pelas prioridades da União Europeia.

Acrescenta também que neste novo mandato pretende afirmar o espaço do Eixo Atlântico como motor de competitividade, de inovação, de colaboração institucional. Um espaço em que os seus cidadãos se tornem motores de crescimento dos respectivos países. Cidades que se tornem também exemplos a seguir.