A InvestBraga anunciou hoje o cancelamento da edição de 2020 da AGRO, feira de agricultura e pecuária que teria lugar no Altice FORUM, devido às recomendações da Direção Geral da Saúde (DGS) e anunciadas pelo Ministério da Saúde para o adiamento de eventos sociais como medida de contenção do coronavírus (COVID-19), nomeadamente a suspensão em espaços abertos com mais de 5 mil pessoas.
“Seguindo as orientações emanadas pelo Município de Braga, a Investbraga informa que a 53ª edição da Agro – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, será adiada, realizando-se entre os dias 25 e 28 de Março de 2021”, pode ler-se em comunicado.
A InvestBraga, responsável pela organização, lamentou, ainda, o cancelemento do evento, que teria lugar entre 02 e 05 de abril, numa edição que seria “a maior de sempre”.
“Apesar de dispor de um plano de contingência que cumpre todas as recomendações da Direcção-Geral de Saúde, a InvestBraga fez tudo ao seu alcance para assegurar as condições necessárias à realização do evento, com o objectivo de manter a qualidade do mesmo. Contudo, e perante os últimos desenvolvimentos, não resta outra opção que não a de adiar a AGRO e lamentar o incómodo causado a expositores e visitantes”.
Em 2019, passaram pela AGRO cerca de 40 mil visitantes, segundo números tornados públicos pela organização.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos, havendo mais de 114 mil infetadas em mais de uma centena de país.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.