Perante incertezas, município não vai contratar artistas sem saber se o evento pode acontecer.
O município de Braga deve anunciar nas próximas semanas o cancelamento da Noite Branca que decorre habitualmente no primeiro fim-de-semana de Setembro. O evento de três dias exige a contratação prévia de artistas e outros meios de animação e decoração, além de concentrar milhares de pessoas nas ruas da cidade. Num cenário como o que vivemos actualmente, Ricardo Rio admite que é praticamente impossível organizar um evento desta natureza este ano e que por isso, dentro de algumas semanas, deve anunciar o seu cancelamento.
Em entrevista à RUM na noite de ontem, Ricardo Rio disse que a decisão “não está fechada”, mas “está a ser equacionada por várias razões”. “Além da incerteza que existe em relação à evolução da pandemia e das medidas cautelares que terão de ser adoptadas, a CMB não pode estar a assumir compromissos contratuais de que depois não possa usufruir”, explica.
Mercado Municipal vai reabrir “apenas depois do Verão”
No que respeita a obras em curso ou em via de serem lançados os respectivos concursos públicos, os trabalhos vão mesmo avançar. No caso do mercado municipal, cuja reabertura estava prevista para Junho, tudo aponta para que aconteça apenas “depois do Verão”. As empresas que ali trabalham reduziram o número de trabalhadores na obra “por questões de segurança”, o que vai retardar a sua conclusão. Além disso, lembra o autarca, será lançado um concurso para os espaços destinados a operadores e zona de restauração, que também não faz sentido decorrer nos próximos tempos.
Intervenção no sopé do Monte Picoto vai “finalmente” avançar
Sobre a obra do S. Geraldo, o trabalho em curso é, por enquanto, de gabinete, mas há projectos que vão arrancar ainda este ano, entre eles a Variante da Encosta, o Convento de S. Francisco, a Insula das Carvalheiras, as zonas 30, assim como a sinalização e organização de passadeiras em várias localidades e a intervenção no sopé do Monte Picoto. Este último, depois de uma litigância judicial que se arrastou por vários meses até ao Tribunal Constitucional “está agora em condições de avançar”, revela.