Municipio de Braga promete nova vistoria na Rua Irmãos Roby, mas garante que medida acabou com atropelamentos.
Moradores da Rua Irmãos Roby, perto da estação de comboios de Braga, dizem estar há pelo menos dois anos a tentar convencer a Câmara a retirar três lombas de paralelo que fazem “estremecer” os prédios, sempre que passam autocarros e outros pesados “a alta velocidade”. A intervenção foi feita a pedido da Junta de Freguesia de Maximinos para travar atropelamentos, mas os moradores garantem que os acidentes continuam a acontecer. A Autarquia promete uma nova vistoria.
“Em nada estou contra a passadeira elevada, estou contra as lombas antecedentes. Eu e os condóminos do meu prédio sentimos o edifício a tremer, devido às centenas de autocarros e veículos pesados que passam nesta rua, todos os dias. As consequências são as fissuras na nossa habitação”, queixa-se Paulo Machado, um representante dos moradores, que já denunciou o problema ao Município de Braga, “em 2018”.
Apesar do incómodo não ser recente, Paulo Machado adianta que foi com os dias de isolamento que começou a estar mais atento às “vibrações” no apartamento. “Sentem-se, sobretudo, nos pisos de cima”, elucida, contabilizando mais de uma dezena de famílias a viver no mesmo prédio.
Antes da pandemia, garante, as lombas não tinham impacto no trânsito, assistia-se a “vários despistes” – que comprova com fotografias – e “ao caos na hora de ponta”. Assim, defende, os redutores de velocidade deveriam ser deslocalizados para a entrada da rua, para abrandar os veículos que saem da circular urbana (Avenida António Macedo). “Aí sim, deveria haver umas lombas enormes. Não são umas pequenas lombas de paralelos que travam a velocidade”, atira o morador, falando de veículos a entrar naquela artéria a “70 quilómetros por hora”.
Além disto, Paulo Machado entende que também deveria ser equacionada a proibição de veículos pesados, assim como o local ser transformado em “zona 30”, como está a acontecer em quatro quarteirões da cidade.
De acordo com o vereador das Obras Municipais, João Rodrigues, os técnicos garantem que as lombas, com cerca de três anos, apresentam “as dimensões devidas e as elevações localizadas conforme as normas”. Contudo, prometem fazer uma nova vistoria ao local. “Vão ver se há alguma coisa que possa estar fora do lugar, alguma falha. De qualquer forma, as lombas cumprem a sua função. Nunca mais houve atropelamentos”, assegura o responsável.
400 passadeiras vão ser sinalizadas com refletores
O Município de Braga começou, há cerca de dois meses, a sinalizar 400 passadeiras, em todo o concelho, com refletores. Na rua, estão também várias equipas a fazer pintura de muitas delas que estavam a desaparecer. “Comprámos máquinas para fazer pintura a quente, que trazem uma qualidade superior”, explica o vereador João Rodrigues.
Há dois anos, a Câmara avançou também com um investimento de um milhão de euros para passadeiras elevadas, com vista a diminuir a velocidade no centro da cidade e aumentar a segurança dos peões.
IN “JN”
