Entre outras entidades, foram alvo dos ataques o Ministério da Saúde, da Cultura, diversos museus, a PNL e a Universidade Nova de Lisboa.
Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta quarta-feira, um jovem, de 19 anos e identificou outro, de 23, suspeitos de terem perpetuado ataques informáticos, no sábado, dia 25 de abril, a várias entidades, entre as quais o ministério da Saúde, o ministério da Cultura, diversos museus, PNL – Computação Cientifica Nacional e a Universidade Nova de Lisboa.
De acordo com o Ministério Público (MP), os arguidos pertencem, alegadamente, ao grupo CyberTeam Portugal.
“Existem fortes indícios que o grupo CyberTeam Portugal realizou ataques informáticos, designadamente, os ocorridos no passado dia 25 de abril, que foram reivindicados por aquele grupo e publicitados nas páginas do respetivo Twitter”, lê-se na página do MP.
A PJ acrescenta que “na sequência de participações de várias entidades, perante a reincidência de suspeitos e tendo em vista a cessação da atividade criminosa deste grupo, foram efetuadas buscas domiciliárias em quatro locais e procedeu-se à apreensão de diverso material informático que servia de suporte à prática ilícita”
Em causa, dizem as autoridades, estão factos suscetíveis de integrarem crimes de acesso ilegítimo, sabotagem informática e acesso indevido.
Os ataques informáticos em escala, conhecidos por ‘Defacing’ e ‘DDoS’, eram dirigidos a entidades públicas e privadas, tinham origem num grupo criminoso de cidadãos portugueses e mostravam sinais de agravamento nos últimos dois meses. “Além de comprometerem a integridade e a disponibilidade dos dados e da informação das entidades visadas, estes crimes informáticos afetam a paz social e a segurança no domínio do ciberespaço”, esclareceu a PJ.
O detido, já com antecedentes por crimes de idêntica natureza, será presente a primeiro interrogatório judicial, esta quinta-feira, para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
O inquérito, dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em cuja investigação é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da Polícia Judiciária (PJ), está agora sujeito a segredo de justiça.