O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, alertou hoje para a necessidade de a população estar mais alerta com o início do desconfinamento, e salientou que as máscaras não anulam a possibilidade de infeção.
“O levantamento do estado de emergência obriga-nos a estar ainda mais alerta”, disse Lacerda Sales na conferência de imprensa diária para dar conta da evolução da pandemia covid-19 em Portugal.
O secretário de Estado adiantou que o mês de maio “é determinante” na luta contra a doença provocada pelo novo coronavírus. “Com o desconfinamento progressivo temos responsabilidades acrescidas de seguir ainda de forma mais premente as orientações da Direção-Geral da Saúde”, alertou.
“É importante que as pessoas tenham em linha de conta que as máscaras não as protegem se não forem usadas corretamente e se não forem seguidas as regras de higienização das mãos, que não deixam de vigorar com o fim do estado de emergência”, afirmou.
António Lacerda Sales disse que já foram emitidos 202 certificados para permitir a produção nacional de máscaras de proteção, 71 dos quais para produção de máscaras comunitárias, 46 destas reutilizáveis.
Até agora há 60 empresas certificadas para produzir máscaras.
O responsável enfatizou que as máscaras, “sendo importantes, não anulam a importância das restantes medidas com vista e evitar novas infeções”, um aviso também deixado na conferência de imprensa por Graça Freitas, diretora-geral da Saúde.
“O desconfinamento não nos isenta de continuarmos a seguir medidas de prevenção e controlo da infeção”, sendo que uma só medida não é eficaz, disse a responsável, acrescentando que é precisa muita atenção às características das máscaras comunitárias (ou sociais), já que as há de uso único e reutilizáveis.
Quanto a testes de diagnóstico, o secretário de Estado disse que desde 01 de março já foram feitos mais de 396 mil testes, 80% dos quais no mês de abril. Só esta semana foram feitos em média 13.700 testes por dia.
Lacerda Sales disse ainda que o “stock” nacional de testes de diagnóstico é de mais de um milhão, tendo sido distribuídos cerca de 328 mil pelas administrações regionais de saúde.
O novo coronavírus já provocou em Portugal 989 mortes em 25.045 pessoas infetadas, segundo a Direção-Geral da Saúde.