Um caso de infeção por covid-19, ocorrido no Centro de Emergência de Braga, destinado a sem-abrigo, levou à descontaminação da sua Ala de Isolamento. Operação foi realizada esta manhã deste sábado por uma equipa especial dos Bombeiros Sapadores de Braga.

A situação, ocorrida durante esta semana naquelas instalações provisórias, que funcionam no Pavilhão Polidesportivo da EB+3 de Nogueira, em Braga, levou logo a que o utente daquela valência social, gerida pela Cruz Vermelha Portuguesa, não chegasse a frequentar ou a aceder à zona de descanso e dormitório, ficando confinado à Ala de Isolamento.

O Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) de Braga, que integra uma panóplia de instituições, públicas e privadas, a trabalharem em rede, criou este espaço há quase um mês. O local tem assistência permanente da Equipa de Intervenção Social Direta da Delegação de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, incluindo os cuidados médicos e de enfermagem.

Face ao primeiro caso detetado de covid-19, uma equipa de quatro elementos especializados da Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga descontaminou a Ala de Isolamento, assim como todos os espaços confinantes do Pavilhão Polidesportivo da EB2+3 de Nogueira, sendo a sexta intervenção pericial dos Sapadores Bombeiros de Braga. A corporação já realizou duas ações idênticas no lar de idosos do Asilo de São José e outra nos lares de Santa Cruz, Ferreiros e Conde de Agrolongo, situados no concelho de Braga.

A filosofia de atuação dos Sapadores Bombeiros de Braga, como referiu ao JN o vereador da Proteção Civil, Altino Bessa, “é sempre a de proteger as camadas mais vulneráveis da sociedade, hoje aqui, tal como sucede com os utentes e funcionários dos lares de idosos”.

“Estas operações de descontaminação continuarão em outros locais do concelho de Braga, consoante a identificação dos casos prioritários pelas autoridades de saúde, de harmonia com a nossa disponibilidade para a sua realização”, acrescentou Altino Bessa.

A Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga tem um elevado número de operacionais com formação em Controlo de Acidentes com Matérias Perigosas, na sequência do plano concretizado de formação profissional contínua implementada pela Câmara Municipal de Braga, através do seu comandante, João Felgueiras, e do adjunto técnico, Nuno Machado.

O comandante das operações, subchefe João Silva, explicou ao JN que a capacidade deste trabalho “já vem de trás, através de muita formação profissional permanente, o que nos habilita a executar estas tarefas, muito importantes para a saúde e a salubridade públicas, contribuindo para evitar ao máximo a propagação da epidemia que assola a humanidade, libertando a GNR e as Forças Armadas para locais onde não há bombeiros profissionais”.