Presidente da Junta de São Victor, em Braga, Ricardo Silva, nega ter havido novas pichagens a vermelho desde o 25 de abril.
Os serviços da Câmara de Braga procederam, esta segunda-feira de manhã, à limpeza da estátua do Cónego Melo, que estava vandalizada, desde a madrugada do 25 abril. “Assassino”, “Facho” e “P [Padre] Max” eram algumas das inscrições que se podiam ler a tinta vermelha. Na madrugada desta segunda-feira, a peça surgiu ainda com tinta azul.
O presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, assumiu que a estátua teria sido alvo de novos atos de vandalismo, na madrugada de domingo, “de acordo com informações de alguns moradores locais”, mas o presidente da Junta de S. Victor, Ricardo Silva, garante que, apesar da polémica que se instalou, desde abril que “não houve registo de novas pichagens a vermelho” na peça de 2,7 metros de altura, dedicada ao ex-vigário geral da Arquidiocese de Braga. “A única novidade foi pintarem a peça de azul, esta madrugada [segunda-feira]”, referiu Ricardo Silva, ao JN, sublinhando que esperava pela limpeza da estátua desde abril.
Ricardo Rio sublinhou que os atos de vandalismo naquela escultura são “recorrentes”, mas a retirada da mesma não está dentro dos planos. “Não podemos pactuar com este tipo de situações e esta não pode ser uma forma das pessoas se exprimirem”, defendeu.
A estátua ao Cónego Melo esteve envolta em polémica desde a sua inauguração, em agosto de 2013, por este ter sido uma das figuras que lutou contra os movimentos comunistas no pós-25 de Abril.