Próximo ano letivo com mais dias de aulas para quem não tem exames

O próximo ano letivo vai ser mais longo para quem não tiver exames, decidiu o ministério da Educação, que tem na manga três cenários para o regresso às aulas.

“Aumentamos o número de dias de aulas do próximo ano” para os alunos que não têm exames, anunciou, esta sexta-feira, o ministro da Educação, explicando que a interrupção letiva da Páscoa será mais curta e o terceiro período mais longo.

Justificando-se com a importância de a comunidade escolar se preparar “para o pior”, Tiago Brandão Rodrigues disse, em conferência de imprensa, que estão previstos três cenários para o regresso às aulas: o presencial, que só deverá ser colocado de lado em situação excecional e que irá privilegiar os alunos do pré-escolar e do 1.º e 2.º ciclos; o misto, com aulas alternadas entre aulas presenciais, síncronas e trabalho autónomo orientado; e não presencial, à distância.

Regime presencial é regra e aprendizagens essenciais prioridade

“O regime regra é o ensino presencial”, salientou o governante, acrescentando que serão prioridade, além dos alunos mais novos, também os alunos de ação social escolar que mostrem necessidade de ensino presencial, os alunos em risco ou sinalizados, aqueles para quem seja ineficaz os regimes não presenciais e as crianças apoiadas pela intervenção precoce, uma vez que são “as mais vulneráveis”.

As primeiras cinco semanas de aulas servirão para consolidar conhecimentos, disse Brandão Rodrigues, apontando que “as aprendizagens essenciais serão o foco da construção dos currículos” – na anterior legislatura, o Governo criou documentos intitulados de “Aprendizagens Essenciais” que determinam a orientação curricular base na planificação, realização e avaliação do ensino. “É preciso centrarmo-nos no essencial”, justificou o governante, anunciando ainda que haverá um programa de mentorado para professores e um reforço na sua formação, com programas relacionados com avaliação, ensino à distância e literacia digital.