Os meses de fevereiro e maio deste ano foram os mais quentes desde 1931, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) sobre o primeiro semestre de 2020.

De acordo com o resumo climático relativo ao primeiro semestre do ano, o mês de fevereiro foi “o mais quente desde 1931”, em particular, nos dias 23 e 24 “foram ultrapassados os maiores valores de temperatura máxima do ar” para este mês, em cerca de 40% das estações meteorológicas do IPMA.

O mês de maio também foi “o mais quente” dos últimos 89 anos, igualando 2011.

O IPMA explicita que neste mês ocorreu “uma onda de calor, em grande parte do território” de Portugal continental, entre os dias 17 e 31, e que pode ser considerada “como uma das mais longas e com maior extensão territorial” relativamente a maio.

Ainda sobre onda de calor em maio, o resumo climático acrescenta que “nas estações de Montalegre, Bragança, Vila Real/cidade, Benavila, Mértola, Lisboa/I.G foi mesmo a onda de calor com maior duração desde 1950”

As regiões a sul do Tejo, em particular as do Baixo Alentejo e Algarve registaram situação “de seca meteorológica” entre janeiro e junho, mas com “diminuição da sua intensidade” a partir de abril.

Relativamente a valores de temperatura extremos, o menor valor de temperatura mínima (-5.6 ºC) foi registado em 06 de janeiro, em Sabugal, distrito da Guarda.

Já o maior valor de temperatura máxima (41ºC) foi registado na freguesia de Alvalade, concelho de Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, e em Portel, distrito de Évora, em 22 de junho.

A cidade da Guarda registou o maior valor “da quantidade de precipitação” num único dia, em 05 de abril, enquanto Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra), obteve o maior valor “da intensidade máxima do vento”, uma rajada, (124,9 quilómetros por hora), em 20 de janeiro.