Novas medidas, anunciadas pelo líder regional Alberto Feijóo, entram em vigor na quinta-feira. Uma delas é a proibição de fumar em público se não for cumprido distanciamento social. Os especialistas apontam que o fumo é um elemento propagador do coronavírus.

O presidente do governo regional da Galiza, Alberto Nuñez Feijóo, anunciou que tenciona decretar a proibição de fumar na rua ou em espaços públicos como esplanadas da região espanhola se a distância de segurança não puder ser garantida.

A medida foi recomendada pelo comité médico de especialistas de prevenção da covid-19 em reunião desta quarta-feira, considerando que o fumo do tabaco representa um alto risco para a disseminação do novo coronavírus.

O decreto com as novas medidas irá ser publicado ainda nesta quarta-feira e engloba o aumento do número de exames diagnósticos – até 1200 por dia – e mais restrições à presença de familiares nos hospitais para visitas. Para já, a mobilidade não será afetada com confinamentos nem mesmo na área da Corunha, cidade mais afetada com casos de infeção por covid-19.

“Como alertavam os especialistas, a situação pioraria com o passar das semanas de julho e agosto. A situação agravou-se à medida que os territórios da Galiza foram abertos à Espanha, aos países do espaço Schengen e ao resto do mundo”, afirmou Alberto Feijóo.

O governo regional pediu aos autarcas e à delegação do governo que as diferentes forças policiais se esforcem para controlar a animação noturna e vigiar se as pessoas usam máscara, mesmo nas esplanadas e restaurantes, uma vez que nesses espaços está a ser produzida grande parte dos contágios.

A prevenção é a grande mensagem com um apelo ao cumprimento das regras. “A situação epidemiológica na Galiza é má, na Corunha é má. Podemos ser forçados a confinar cidades ou regiões. Pode haver encerramentos nas próximas semanas ou meses. A pressão da saúde vai aumentar, as pessoas vão sofrer e as empresas vão sofrer porque nem todos cumprimos as regras”, advertiu Feijóo.

A área da saúde da Corunha acumula 463 dos 827 casos ativos na Galiza. Além disso, 28 dos 35 pacientes internados estão em hospitais desta cidade.