A Keyruptive, startup incubada na Startup Braga, é uma das empresas responsáveis pelo desenvolvimento da aplicação que irá permitir fazer o rastreio de contactos com pessoas infetadas pelo novo coronavírus em Portugal, a STAYAWAY COVID. A startup, que é também uma spin off do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), participou também no 6º Programa de aceleração promovido pela Startup Braga.

Desenvolvida por um consórcio coordenado pelo INESC TEC, do qual fazem parte a startup Keyruptive, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e Ubirider, a aplicação STAYAWAY COVID tem por objetivo auxiliar o rastreio da COVID-19, permitindo, de forma simples, segura e privada, que cada utilizador seja informado sobre exposições de risco à doença através da monitorização de contactos recentes.  “A aplicação foi desenvolvida para, à luz do conhecimento atual e utilizando tecnologia o mais presente possível nos telefones das pessoas, oferecer elevados níveis de privacidade. Em nenhum momento são acedidos ou utilizados dados pessoais dos utilizadores”, refere Francisco Maia, CEO da Keyruptive e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da app.

“O sistema STAYAWAY COVID é mais uma ferramenta ao serviço de uma estratégia global de resposta à atual pandemia. Tem como único propósito alertar atempadamente os utilizadores da aplicação sobre contactos, considerados de elevado risco pela Organização Mundial de Saúde, com outros utilizadores a quem foi, entretanto, diagnosticada a COVID-19. Em rigor, mais do que de uma solução digital de rastreio, trata-se de um sistema de notificação da exposição individual a fatores de risco de contágio. Nessa medida, servirá de complemento aos esforços já levados a cabo pelas autoridades de saúde para rastrear e interromper as cadeias de transmissão da doença”, afirma Rui Oliveira, administrador do INESC TEC e professor na Universidade do Minho.

A aplicação, depois de instalada, emite identificadores aleatórios utilizando Bluetooth e, como um radar, recolhe os identificadores que são emitidos por telemóveis próximos. Na posse destes identificadores, é simples para a aplicação verificar mais tarde se o utilizador esteve perigosamente próximo de um determinado telemóvel em que a aplicação se encontre ativa e cujo utilizador tenha sido diagnosticado com a COVID-19. Caso lhe seja fornecido e reconheça um dos identificadores emitidos por um telemóvel associado a uma fonte de contágio, a aplicação alertará o utilizador para a ocorrência passada de uma exposição de elevado risco à doença.

O projeto foi promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), no âmbito da Iniciativa Nacional em Competências Digitais e.2030, Portugal INCoDe.2030 e contou com o apoio da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (cedência do alojamento de parte do sistema), do Centro Nacional de Cibersegurança (acompanhamento do desenvolvimento e testes de segurança), a NOS (dispositivos móveis para experimentação e teste) e a Wavecom (equipamento e apoio na experimentação e teste Bluetooth).