O fogo posto e as queimas e queimadas foram as principais causas dos incêndios florestais registados este ano e investigados até 15 de setembro, segundo o último relatório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O relatório provisório de incêndios rurais do ICNF avança que as causas mais frequentes dos incêndios, até 15 de setembro, foram o “incendiarismo – imputáveis” (36%), seguido das queimas e queimadas (27%) e reacendimentos (12%).
O ICNF sublinha que, entre 01 de janeiro e 15 de setembro, se registaram 8.807 fogos, 5.444 dos quais foram investigados, o que representa 62% do número total de incêndios e responsáveis por 37% da área ardida.
O documento refere que, destes incêndios, a investigação permitiu atribuir uma causa a 3.502 incêndios (64% dos incêndios investigados e responsáveis por 33% da área total ardida).
O relatório precisa que, entre 01 de janeiro e 15 de setembro, os 8.807 incêndios rurais provocaram 66.116 hectares (ha) de área ardida, entre povoamentos (33.185 ha), matos (26.171 ha) e agricultura (6.760 ha).
De acordo com os dados provisórios, a área ardida aumentou este ano cerca de 60% em relação ao mesmo período de 2019, tendo até 15 de setembro ardido mais 25.000 hectares de floresta.
Por sua vez, deflagraram este ano menos 829 incêndios florestais (8,6%) do que em 2019.
“O ano de 2020 apresenta, até ao dia 15 de setembro, o segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o sexto valor mais reduzido de área ardida, desde 2010”, lê-se no relatório.