Ricardo Machado, deputado eleito nas listas do CDS à Assembleia Municipal de Braga, não vai participar nas eleições para a presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
O centrista considera esta eleição uma “farsa democrática”. De acordo com Ricardo Machado, esta posição tem sido partilhada por deputados municipais e estruturas em vários pontos do país, entre elementos da JP e do CDS, nas suas respetivas assembleias. “Há um objetivo claro de ilusionismo com a participação dos representantes locais, uma vez que quem elege não fiscaliza quem é eleito, não havendo democracia alguma, inutilizando todo o processo eleitoral. Trata-se de uma regionalização encapotada patrocinada pelo PS e PSD, sem que assumam o seu objetivo final, de querem impor ao povo português aquilo que já foi referendado e rejeitado após uma ampla e transparente discussão na sociedade civil. Se se quer trazer novamente esse tema para o debate político, que se faça, mas de uma forma clara, livre e amplamente participada”, afirma o jovem.
Ricardo Machado acrescenta que “este assunto conduz à hegemonia do centrão, à falta de transparência e aproveitamento da ‘bazuca’ de fundos comunitários, a distribuir pelos mesmos de sempre, que chegará brevemente”. “Esta posição nada tem a ver com o candidato à CCDR-N, António Cunha, a quem reconhece grandes qualidades e não duvida das suas capacidades para desempenhar a função a que se propõe, mas sim com a forma como processo foi conduzido a nível nacional”, acrescenta.
“Se da parte do PS isto não nos escandaliza, tendo em conta a vontade que existe de impor da sua capacidade de determinar a vida económica, social e institucional do país com base numa agenda ideológica, já da parte do PSD não se compreende o desejo em partilhar este palco”, finalizou.