O projeto “Casa na rua de São Marcos” e “Edifício da Casa Redonda”, na Praça da República, foram os vencedores da segunda edição do Prémio Municipal de Reabilitação Urbana – Reabilita Braga.

Os prémios foram entregues esta segunda-feira, numa cerimónia realizada no Theatro Circo e que será transmitida esta terça-feira, 10 de novembro, através do portal reabilitabraga.pt.

Na cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, referiu que o prémio Reabilita Braga constitui um importante instrumento para estimular e divulgar as boas práticas de intervenção. “Com esta iniciativa, assumimos o desafio de reconhecer publicamente o trabalho de quem contribui para a reabilitação da cidade”, frisou o edil, lembrando o “período auspicioso que Braga tem vivido do ponto de vista da reabilitação urbana”.

Já o vereador Miguel Bandeira, que tutela o pelouro da reabilitação urbana, sublinhou que o prémio representa “um estímulo à reabilitação urbana que integra a valorização do património arquitetónico e urbanístico”.

Organizado pelo Município de Braga em parceria com a “Vida Imobiliária”, o Prémio Municipal de Reabilitação Urbana – “Reabilita Braga” visa distinguir as boas práticas de reabilitação urbana e premiar a investigação académica realizada nesta área. Com cerca de 30.000 m2 de área intervencionada a concurso, a edição de 2020 do Reabilita Braga registou um novo recorde, com propostas diversificadas e de grande qualidade, uma montra do melhor que se faz na reabilitação do património edificado dos nossos centros históricos.

Na categoria “Edificação” foi vencedor na modalidade “obra de restauro e de reabilitação” o projeto “Casa na rua de São Marcos”, um edifício do séc. XIX, situado no centro histórico da cidade. Trata-se de um projeto habitacional marcado pela conservação das qualidades pré-existentes: os pavimentos, as caixilharias em madeira e outros elementos decorativos presentes na clarabóia e nos tetos, mas respondendo em simultâneo aos desafios contemporâneos da eficiência energética e do conforto. Este é um projeto com assinatura do arquiteto António Pedro Faria para um cliente particular e com obra da construtora AOF – Augusto Oliveira Ferreira.

Na modalidade “obra de construção em ARU” foi vencedor o “Edifício da Casa Redonda”, um edifício de cinco pisos, que ocupa o n.º 1 da Praça da República. Este é um projeto que sofreu algumas alterações desde o seu primeiro esboço, motivadas pela descoberta de vestígios arqueológicos durante a intervenção. A obra foi executada pela Varibasic a partir do projeto do arquiteto Paulo Jorge Fernandes Gomes para um cliente particular.

O valor do trabalho arquitetónico do candidato “Casa na Praça Mouzinho de Albuquerque” não passou despercebido ao júri que decidiu atribuir-lhe uma menção honrosa. Esta é uma habitação unifamiliar localizada numa das principais praças do centro histórico, um projeto que consegue harmoniosamente criar uma transição entre espaços, entre o edificado pré-existente e uma nova construção erguida no logradouro. Este é um projeto do atelier Carvalho Araújo e com obra da Pedralbet – Construções.

No que se refere à categoria de “Investigação”, o júri do “Reabilita Braga” distinguiu o trabalho intitulado “Entre o Campo da Vinha e o Campo de Touros. Uma proposta de reabilitação e reutilização do Palacete Vilhena Coutinho”, do arquiteto Marco Vieira.

De referir que os prémios têm o valor de 5.000 euros para a categoria de “Investigação”. Na categoria de edificação o júri atribuirá prémios no valor de 5.000 euros, no caso da sub-categoria nova edificação, e de 10.000 euros, para a sub-categoria reabilitação e restauro.