Recentes ensaios clínicos em grande escala mostraram que a vacina contra a covid-19 que está a ser desenvolvida pela Pfizer tem 90% de eficácia.

E a luz ao fundo do túnel vai ficando maior: os primeiros resultados provisórios sobre a eficácia da vacina Pfizer/BioNTech em pessoas mostram que o agente desenvolvido pela farmacêutica norte-americana e pela empresa alemã de biotecnologia protegeu 90% dos voluntários submetidos aos testes (só 10% contraíram o vírus). A análise dos fabricantes expõe uma performance muito melhor do que a maioria dos especialistas esperava – os reguladores disseram que aprovariam uma vacina desde que tivesse 50% de eficácia, protegendo metade daqueles que a recebessem, lembra o britânico “The Guardian”.

De acordo com a farmacêutica, a vacina experimental não provocou efeitos colaterais graves nas mais de 43 mil pessoas que a fase 3 dos testes envolveu. “Hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade. Estes primeiros resultados da terceira fase do ensaio clínico da vacina contra a covid-19 fornecem uma evidência inicial da capacidade da nossa vacina para prevenir” a doença, anunciou o presidente da Pfizer, Albert Bourla, lembrando que este “marco fundamental” é alcançado “no momento em que o mundo mais precisa”, quando se registam novos máximos de infetados e óbitos um pouco por todo o planeta.

Embora seja possível que a taxa de eficácia mude entretanto, uma vez que o ensaio vai continuar, a descoberta de que 90% das infeções foram evitadas é um importante passo no combate ao novo vírus. Depois da terceira semana de novembro, a empresa vai submeter a vacina aos órgãos reguladores para aprovação, o que pode significar que as primeiras doses sejam administradas aos profissionais de saúde até o final do ano, estima o diário britânico.