O ministro da Habitação e das Infraestruturas adiantou que o Governo chegou a acordo com as concessionárias para que o aumento das portagens não chegue a quase 10%, como estava previsto. Estado e privados vão suportar os custos da diferença.

Na conferência de imprensa após Conselho de Ministros, Pedro Nuno Santos avançou que o Governo aprovou um travão ao aumento das portagens, fruto de um acordo com as concessionárias.

Os aumentos, calculados entre 9,5% e 10,5%, passam a ser de 4,9% em 2023 — para tal, tanto o Estado como as concessionárias vão pagar a diferença. O Governo paga 2,8% e o restante pagam os privados.

Esta percentagem de 10% decorre da fórmula que consta dos contratos de concessão com o Estado e que tem por base a inflação, que este ano atingiu valores inesperados. Por isso mesmo, o ministro disse que este “aumento era insuportável, mas também há contratos e tentámos encontrar uma solução equilibrada que permitisse um aumento menor”.O primeiro-ministro, António Costa, já tinha garantido que as portagens não iam aumentar 10% no próximo ano.

As atualizações ao preço das portagens para o ano seguinte são propostas ao Governo pelas empresas concessionárias das autoestradas, com base na referida fórmula.

As concessionárias manifestaram-se disponíveis para negociar o valor com o Governo, tendo em conta a crise inflacionista que o país atravessa.