A Bélgica registou na quinta-feira o primeiro contágio de um animal com a covid-19, um gato contaminado pelo seu dono, mas as autoridades sublinham nada indicar que os animais domésticos sejam vetor de transmissão.

Um gato foi infetado pelo dono, em Liège (80 km a norte de Bruxelas), sendo um caso isolado e que deriva de um contacto próximo com a pessoa doente, nada indica que os animais sejam um vetor de transmissão” da covid-19, disse, na conferência de imprensa diária das autoridades federais de saúde, o microbiologista Emmanuel André.

Hoje à tarde, o conselho de segurança nacional belga vai reunir-se para decidir uma eventual adaptação das medidas de combate à propagação do vírus.

Entre quarta e quinta-feira, a Bélgica registou mais 1.049 testes positivos (para um total de 7.284, sendo que apenas há testes nos hospitais), mais 490 internamentos hospitalares (3,042), mais 183 altas hospitalares (858) e mais 69 mortes (289).

As autoridades de saúde alertam ainda para a sobrevivência do novo coronavírus em superfícies, que pode ser de dias, reforçando as recomendações para uma boa higiene das mãos e a limpeza de superfícies públicas muito tocadas, como maçanetas de portas.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

Dos casos de infeção, pelo menos 108.900 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com quase 275.000 infetados e 16.000 mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até hoje.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.089, entre 56.188 casos de infeção confirmados.