Avenida de Braga com poluição acima do limite legal em 2020 apesar do confinamento

A Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires, em Braga, apresentou valores superiores ao valor-limite anual de dióxido de azoto, em 2020, apesar do confinamento e restrições de circulação que se viveram em grande parte do ano.

Numa análise publicada hoje, a associação ambientalista referiu que a concentração média anual de dióxido de azoto (NO2) na Frei Bartolomeu dos Mártires foi de 42 microgramas por metro cúbico (µg/m³), superior ao valor limite anual de 40 µg/m³.

Em Braga, o valor da média anual foi de 42 µg/m³”, apontou a associação, explicando que vê a eficiência de recolha de dados pelas estações “com bastante preocupação”.

“Uma situação que vemos com bastante preocupação é a eficiência de recolha de dados pelas estações. A legislação exige 90% de eficiência. Em Braga, na Avenida Frei Bartolomeu dos Mártires, a eficiência foi de 61%”, indicou a associação ambientalista.

A Zero exigiu ainda medidas por parte da câmara municipal, no sentido de “assegurar a salvaguarda da saúde pública” de quem habita e trabalha nas cidades.

Em relação à cidade de Braga, a organização considerou ser “fundamental reduzir e/ou regular o tráfego rodoviário nas zonas afetadas por elevados níveis de poluição, limitando a passagem de veículos mais antigos ou avaliando outras medidas que permitam reduzir as concentrações”.

A ZERO informa também que vê “com bastante preocupação” a “eficiência” da recolha de dados pelas estações do Porto e de Braga. Isto porque, embora a legislação exija 90% de eficiência, na Invicta esse indicador ficou-se pelos 72% e, em Braga, não foi além dos 61%.

De modo a minimizar a poluição, a ZERO propõe que, no caso de Lisboa, a Câmara Municipal “aumente o nível de ambição das Zonas de Emissões Reduzidas e crie a Zona de Emissões Reduzidas (Avenida-Baixa-Chiado), que implica uma forte redução de tráfego e emissões”.

A par dessa medida, a associação sublinha a importância de a autarquia manter a aposta na construção de ciclovias.

No Porto e em Braga, é “fundamental” que as autarquias optem por “reduzir e/ou regular o tráfego rodoviário” as zonas de maior poluição, nomeadamente “limitando a passagem de veículos mais antigos ou avaliando outras medidas que permitam reduzir as
concentrações”.

A ZERO sublinha ainda a importância de medidas como o investimento nos transportes públicos, de modo a desincentivar o uso de transportes privados, ou a criação de mais espaços verdes.