Dois agentes da PSP foram temporariamente suspensos e outros três enfrentam processos disciplinares. Insultos a políticos e a magistrados violam o dever de correção previsto no Estatuto Disciplinar.
Dois polícias foram recentemente suspensos por terem feito, nas redes sociais, publicações consideradas ofensivas e insultuosas para governantes ou promotoras da discriminação racial, de género, religiosa ou social. Outros três agentes enfrentam processos disciplinares pelo mesmo motivo. A PSP confirma os casos no mesmo dia em que o diretor nacional, Magina da Silva, reafirmou a convicção de que a Polícia não está infiltrada por elementos da extrema-direita.
Um dos agentes suspensos é Manuel Morais, elemento do Corpo de Intervenção que, em junho do ano passado, chamou “aberração” ao deputado do Chega, André Ventura. “Decapitem estes fascistas nauseabundos que não merecem a água que bebem”, escreveu Morais, na sua página de Facebook. Por estas palavras, foi punido com dez dias de suspensão pelo comandante da Unidade Especial de Polícia, o superintendente-chefe Paulo Lucas. O castigo ainda é passível de recurso, primeiro, para o diretor nacional da PSP, depois, para o Ministério da Administração Interna e, finalmente, para o tribunal.