Sobre o plano de vacinação, mais concretamente a pausa e depois retoma da vacina da AstraZeneca em vários países, entre os quais Portugal, o chefe de Estado admitiu que o processo “não correu bem na Europa” devido às falhas no fornecimento, mas também na capacidade de produção

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu, esta segunda-feira, que o estado de emergência se possa manter pelo menos até maio, mesmo com um plano de desconfinamento em vigor. 

Havendo um plano de desconfinamento até maio, quer dizer que há atividades parcialmente confinadas até maio. E portanto, é muito provável que haja estado de emergência a acompanhar essa realidade, porque o estado de emergência legitima aquilo que são restrições na vida dos portugueses”, assumiu o Presidente da República em declarações aos jornalistas, durante uma visita a uma escola na freguesia de Benfica, em Lisboa.

Relembrou que terça-feira se realiza uma sessão epidemiológica no Infarmed, nos dias seguintes ouvirá os partidos sobre o mesmo tema, enviará ao Governo um decreto de estado de emergência “sensivelmente semelhante ao anterior”, que será depois aprovado e promulgado. 

Amanhã haverá sessão epidemiológica, amanhã e no dia seguinte ouvirei os partidos e enviarei ao Governo um decreto sensivelmente semelhante ao anterior. É muito provável que haja estado de emergência até ao final do desconfinamento”.

Sobre o plano de vacinação, mais concretamente a pausa e depois retoma da vacina da AstraZeneca em vários países, entre os quais Portugal, o chefe de Estado admitiu que o processo “não correu bem na Europa” devido às falhas no fornecimento, mas também na capacidade de produção. Aproveitou ainda para deixar críticas à forma como as decisões foram tomadas “isoladamente” na União Europeia. 

Também não correu bem a posição dos vários países sobre a suspensão da vacinação. A União Europeia é uma união, não é um somatório de egoísmos. Portanto, não é correr bem, cada um por si, isoladamente, tomar a decisão de suspender ou não suspender. Acho que seria e teria sido preferível que a Europa como um todo, tendo dúvidas científicas as dirigisse, como depois se dirigiu a uma entidade competente para o efeito, resolvendo a questão de uma só vez”. 

Ainda dentro desta temática, Marcelo confirmou que já tomou as duas doses da vacina, da Pfizer, tendo a última sido há quase três semanas.