Com a passagem para a terceira fase do desconfinamento, os escalões de formação do Óquei de Barcelos regressaram aos treinos coletivos, agora com testes regulares, mas ainda sem competição à vista.
Os escalões de formação do Óquei de Barcelos regressaram aos treinos coletivos, com cautelas acrescidas face à pandemia de Covid-19, mas ainda sem competição de hóquei em patins prevista, três meses depois dos últimos aprontos individuais.
“Já estava farto de estar em casa e o que mais queria era vir para o hóquei. Às vezes, ficava muito chateado por não poder treinar, porque isto é algo que sempre quis fazer. A paixão vem desde pequeno, pois vi familiares a jogar e adorei. Continuo a esforçar-me e sei que a competição regressará”, partilhou à agência Lusa André Araújo, de 12 anos.
A retoma dos escalões jovens dos desportos rotulados de médio risco tinha começado a ser ensaiada no segundo semestre de 2020, quando a Direção-Geral da Saúde (DGS) impunha um distanciamento social de três metros em treinos sem horizonte competitivo.
“Nunca tive medo. Venho para cá como vinha antes, mesmo com a covid-19, e tenho o maior cuidado possível. De resto, tentei não ficar muito parado e saía de vez em quando para praticar exercício”, recordou o atleta da equipa sub-13 de um clube com três títulos de campeão nacional de seniores, outros nove cetros internos e sete internacionais.
Essa experiência foi quebrada aquando do segundo confinamento, entre janeiro e abril, e passou agora a envolver a realização obrigatória de um teste laboratorial com resultado negativo ao novo coronavírus até 72 horas antes do início das atividades desportivas.
O meu filho fez o teste na semana passada e não teve qualquer reação. Sente-se mais expectativa, mas acho que não há motivos para termos receio. Ansiava por este regresso há muito tempo, porque os miúdos vêm mesmo por gosto e não por obrigação”, contou Filomena Gomes, de 45 anos, mãe de Rodrigo, do guarda-redes dos sub-13, de 12.
Na segunda-feira, as camadas jovens do Óquei de Barcelos reativaram o frenesim dos treinos ao final da tarde, sob olhar atento de alguns pais e sem descurar as típicas restrições sanitárias, invadindo o rinque do Pavilhão Municipal de Barcelos logo após o apronto dos seniores.
“É pensar sempre pela positiva e continuar a treinar, focando agora no nível sénior e na oportunidade de estar a treinar com eles. É essa a minha motivação”, apontou Rodrigo Monteiro, de 16 anos, que já evolui sob alçada técnica de Rui Neto e debutou em março pelo terceiro colocado da fase regular do campeonato nacional de hóquei em patins.