A antiga futebolista internacional Melissa Antunes, que foi empresária de jogadoras, é referenciada pelo Ministério Público como detendo duas alegadas “empresas-fantasma”, uma das quais com diversos bens imobiliários na cidade do Porto, mas que na realidade pertenceriam ao seu pai, Hernâni Vaz Antunes, detido este fim de semana em Lisboa, com a sua filha mais velha, Jéssica Antunes, esta detida na última quinta-feira. 

Melissa Antunes, de 33 anos, que há cinco anos terminou a sua carreira no SC Braga, tendo chegado a jogar na Seleção Nacional de Futebol Feminino, tinha começado por ser gerente da empresa Improcisa Investimentos Imobiliários SA, adquirida em 2021, além da empresa Akhema Unipessoal, constituída já em 2023.

A agora empresária, licenciada em educação física, que começou por jogar futsal e futebol, também dedicada à contabilidade, teve uma sociedade de agenciamento de futebolistas, mas dava aulas em Fafe e a agência era gerida pela sócia. Nos últimos dois anos, Melissa Antunes geria as duas referidas empresas, que na realidade seriam do pai, o que faria por intermédio da irmã mais velha, Jéssica Antunes.

Com dupla nacionalidade, canadiana e portuguesa, já que nasceu no Canadá, quando os pais, Hernâni Vaz Antunes e a esposa, de origem açoriana, aí estavam emigrados, Melissa Antunes era até à Operação Picoas (Processo Altice), a mais conhecida do Clã Antunes, mas, ao que tudo indica, foi quem menos envolvimento teve a nível processual, sendo para já suspeita, não tendo sido sequer detida.