O secretário de Estado Adjunto e da Saúde adiantou que cerca de cinco mil vacinas, e não 3500, ficaram inutilizadas na sequência da falha energética que ocorreu esta quarta-feira de madrugada no centro de vacinação de Famalicão, distrito de Braga.

Neste âmbito, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte vai abrir um inquérito para apurar as “devidas responsabilidades” nesta situação, afirmou António Lacerda Sales, no final da cerimónia de entrega da Bolsa D. Manuel de Mello, no Porto.

“Estas vacinas serão, obviamente, substituídas e ninguém ficará por vacinar“, garantiu.

O governante frisou que num processo em que se vacinam 10 milhões de pessoas é natural que ocorram “falhas como estas e outras que também já aconteceram”.

“São situações que no meio de uma logística tão complexa podem acontecer e todos o compreenderão”, reforçou.

Lacerda Sales indicou tratarem-se de vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, sendo que “uma pequena parte” das cinco mil doses poderá ser aproveitada, embora se trate de uma quantidade residual.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão anunciou, em conferência de imprensa, que 3500 vacinas ficaram inutilizadas na sequência da falha energética que ocorreu na madrugada de hoje no centro de vacinação local.

Em conferência de imprensa, Paulo Cunha explicou ao final da manhã que a falha energética apenas se registou na parte onde estão armazenadas as vacinas, instalada num complexo cedido às autoridades de saúde pela autarquia, acrescentando que está em curso um inquérito por parte da autarquia e das autoridades de saúde.

O autarca lamentou que os elementos da equipa de segurança que assegura a vigilância exterior do complexo, contratada pelo município a pedido das autoridades sanitárias, não tenham autorização das autoridades de saúde para aceder ao interior do mesmo e ao local onde estão guardadas as vacinas.