Os deputados do PSD eleitos por Braga e por Viana do Castelo querem ouvir as autoridades locais (quatro juntas de freguesia, três de Viana e uma de Barcelos), assim como um movimento de cidadãos, sobre a expansão de duas concessões mineiras de caulino, denominadas Bouça da Guelha e Alvarães.
O PSD teme eventuais “impactes ambientais” para as comunidades locais por causa do projeto. As povoações mais próximas são Alvas, 358 metros a sudeste, e Ponte, que dista 625 metros a sul, no concelho de Barcelos. No de Viana do Castelo, as povoações mais próximas são Regos, a 676 metros a norte, e Alvarães, a 1131 metros a oeste.
Num requerimento que deu entrada no Parlamento, e a que o JN teve acesso, os parlamentares, ao abrigo das normas regimentais, solicitaram a audição das juntas de freguesia de Alvarães, Vila de Punhe, União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, e Fragoso e do Movimento dos Cidadãos do Vale do Neiva.
“A empresa Mota Mineral, Minerais Industriais SA, pretende aumentar a área de exploração de 50,2 para 74,5 hectares para extrair uma média anual de 490 mil toneladas de caulino nos próximos 41 anos”, referem. A firma estima, no Estudo de Impacte Ambiental (EIA), um tráfego diário de 47 camiões a operar na área da exploração mineira e nas suas imediações, o que corresponde a quatro camiões por hora, entre as 8 e as 19 horas.
A área de implantação das duas concessões mineiras abrange quatro freguesias do concelho de Viana do Castelo – Alvarães, Vila de Punhe e União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro -, e uma freguesia de Barcelos – Fragoso”, sublinham os deputados.
O projeto de “Fusão e Ampliação das Concessões Mineiras de Bouça da Galheta e Alvarães”, sujeito a Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), esteve em consulta pública entre 18 de janeiro e 26 de fevereiro de 2021.
Prevê a extração de caulino num núcleo de exploração com 110,9 hectares, constituído por cinco áreas extrativas.
IN “JN”