O FC Porto garantiu o 2.º lugar no campeonato com uma vitória por 3-0 frente a um cada vez mais aflito Rio Ave. O jogo só foi, no entanto, resolvido após o intervalo, depois de uma 1.ª parte em que os vilacondenses até foram mais perigosos.
O FC Porto podia entrar no Estádio do Arcos já com o segundo lugar garantido, mas a vitória do Benfica no dérbi com o Sporting deixou para os Dragões a honra de arrumar com o assunto. Os quatro pontos de vantagem sobre os Encarnados davam alguma margem, mas a equipa de Sérgio Conceição queria resolver logo a contenda e voltar aos triunfos fora de casa, depois de dois empates seguidos (Moreirense e Benfica) que deixaram o conjunto azul e branco fora do título.

Era uma questão de tempo até o FC Porto derrubar a última barreira do Rio Ave, tendo em conta a situação da equipa de Miguel Cardoso. O Rio Ave viu-se caído no antepenúltimo lugar da tabela, a lutar pela permanência, em contas que já nem dependem de si, depois de somar o 11.º jogo sem vencer, o pior registo da época. Mais uma vez, a equipa voltou a ter muitas dificuldades na hora de colocar a bola no fundo das redes. Criou duas situações claras, ambas por Carlos Mané, mas ambas desperdiçadas.

O mesmo se pode dizer do FC Porto, que entrou em campo como o segundo melhor ataque da prova, depois dos quatro golos do Benfica ao Sporting. Marega, que já anunciou a sua ida para o Al Hilal, não entrou na ficha de jogo, algo que aconteceu pela primeira vez na I Liga esta época, pelo que o ataque voltou a ser entregue a Toni Martinez e Taremi.

A defesa a cinco do Rio Ave, com três centrais, dificultava a vida ao FC Porto, numa primeira parte em que os Dragões pouco fizeram para incomodar Pawel Kieszek.

No segundo tempo, valeu a eficácia dos azuis e brancos, com três golos em quatro remates enquadrados com a baliza. O tento cedo de Toni Martinez deixou a equipa mais tranquila, numa segunda parte onde os laterais Manafá e João Mário tiveram mais participação no jogo.

Luis Díaz corou a sua exibição com um golo e uma assistência para Sérgio Oliveira, que marcou um minuto depois de ter entrado.
O FC Porto chega assim aos 70 golos e volta a ser o melhor ataque da I Liga, igualando também a melhor diferença de golos (+41) do Sporting.

Com o segundo lugar garantido, a formação da Invicita marcará presença na fase de grupos da Liga dos Campeões pela 25.ª vez (os mesmos do Bayern Munique), num registo onde apenas é batido pelo Real Madrid e Barcelona, que têm 26.

Destaque para Marcano, lançado no segundo tempo por Sérgio Conceição. O espanhol não jogava há um ano e dois meses na equipa principal do FC Porto, depois de uma lesão grave sofrida precisamente frente ao Rio Ave, a a 7 de março de 2020. O central já tinha feito alguns jogos pela equipa B esta época.