Sete movimentos feministas juntaram-se ao coletivo Climáximo e apresentaram queixa no Ministério Público contra a atuação de agentes da PSP da Esquadra dos Olivais, em Lisboa. Em causa está a revista a 19 mulheres, que foram detidas e terão sido obrigadas a despir-se após uma iniciativa, em maio passado, junto ao Aeroporto de Lisboa.
Inês Teles, porta-voz do Climáximo, refere que, durante o protesto, denominado Em Chamas, realizado na Rotunda do Relógio, junto ao Aeroporto de Lisboa, foram detidas 26 pessoas, acusadas de desobediência civil.
“Éramos 19 mulheres e fomos obrigadas a despir-nos para sermos revistadas, algumas mesmo forçadas a nudez completa e a agachar-nos. Foi para nos intimidar e humilhar. Agora queremos que sejam apuradas responsabilidade e encontrados os culpados”, referiu Inês Teles.
As 26 pessoas foram levadas para a esquadra dos Olivais cerca das 17 horas “e a última só saiu cerca das 2 horas do dia seguinte”.
A manifestação da Climáximo exigia justiça climática, menos aviões, uma transição justa para os trabalhadores do setor da aviação e mais ferrovia.
Sete coletivos feministas (A Coletiva, Feministas Em Movimento, Feminismos sobre Rodas, Marcha Mundial das Mulheres, Mulheres p’lo Direito à Habitação, Por todas nós e UMAR) juntaram-se ao coletivo Climáximo e às 26 pessoas detidas para apresentar a queixa.
Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP referiu, ao JN, que “a revista é obrigatória para quem é detido”, escusando-se a comentar este caso.