Krystsina Tsimanouskay, de 24 anos, colocou em leilão a medalha de prata que ganhou nos Jogos Europeus que se realizaram em Minsk, em 2019. O valor angariado irá apoiar atletas bielorrussos perseguidos e afastados das competições.

A velocista bielorrussa, que pediu asilo político em plenos Jogos Olímpicos Tóquio2020, Krystsina Tsimanouskaya, colocou em leilão a medalha de prata que conquistou Jogos Europeus de 2019, em Minsk.

O dinheiro que for angariado será destinado a apoiar atletas, que tal como ela, são perseguidos pelo regime de Alexander Lukashenko.

O leilão está a ser coordenado pela Fundação de Solidariedade no Desporto da Bielorrússia, que dá apoio a atletas que foram presos e afastados das competições por causa das suas ideias políticas.

Krystsina Tsimanouskaya, durante os Jogos Olímpicos, desentendeu-se com os treinadores e dirigentes, que acusou de terem tentado levá-la à força para a Bielorrússia. Temendo ir para a prisão se regressasse, conseguiu ajuda da polícia japonesa e depois um visto humanitário da Polónia. Na quarta-feira chegou a Varsóvia, via Viena, para se encontrar com o marido, que também conseguiuum visto para o mesmo país.

Tsimanouskaya explicou que o que a persuadiu a pedir ajuda à polícia, quando já estava a caminho do aeroporto, foi um telefonema da avó, a dizer-lhe que não devia regressar. A atleta diz agora, numa entrevista à France Press, que temeu que se regressasse fosse para “uma clínica psiquiátrica ou para a prisão”.

Acusada por Lukashenko de estar “controlada” por Varsóvia, defende-se: “Não é de todo verdade. Fui eu mesma que pedi ajuda, à última hora”. No seguimento do incidente, foi retirado a dois treinadores bielorrussos a acreditação pelo Comité Olímpico Internacional, que iniciou um inquérito ao sucedido.

Tsimanouskaya assegura que há mais pessoas na mesma situação na Bielorrússia, a quem exorta que “juntem coragem suficiente” para deixar o país.

Segundo a BSSF, sete atletas estão na prisão na Bielorrússia, como prisioneiros políticos, e 36 atletas e treinadores foram dispensados das seleções nacionais por opiniões políticas.