Vice-almirante Gouveia e Melo afirma que se irão utilizar “todas as soluções imaginativas para trazer os jovens à vacinação”.
O coordenador da ‘task-force’ que gere o processo de vacinação contra a covid-19 adiantou esta terça-feira que foram “perdidas” cerca de 20 mil doses de vacinas em 13 milhões administradas.
“Comparativamente a outros países, temos uma percentagem muito pequena de doses perdidas e isso deixa-me contente. Já demos cerca de 13 milhões de doses e perdemos cerca de 20 mil doses”, afirmou o vice-almirante Gouveia de Melo, à margem de uma visita ao centro de vacinação de Braga.
Questionado sobre o processo de vacinação de jovens a partir de 12 anos, que decorrerá nos fins de semana de 21 e 22 e 28 e 29 de agosto, e sobre a preocupação de algumas entidades com o facto de decorrer durante as férias, Gouveia e Melo garantiu que serão encontradas “todas as soluções imaginativas para trazer os jovens à vacinação”, alertando, no entanto, que “não há soluções milagrosas”.
“Estamos a criar dois fins de semana exclusivos para os jovens. Se não conseguirmos vacinar os jovens nesses fins de semana de certeza que vamos encontrar outros dias para vacinar esses jovens, só que o processo organizado e dedicado é feito nesses dois fins de semana. O outro processo, eles integrarão naturalmente porque haverá abertura para isso porque só temos um objetivo, que é vacinar”, afirmou.
Confrontado com as possíveis faltas à vacinação de jovens por estarem de férias, Gouveia e Melo respondeu que “não é possível desestruturar o processo para andar atrás de uma população que está móvel em função do seu período de férias”.
“O período entre vacinas são três semanas. É um período suficiente para gerir a vacina de maneira a poder gozar férias (…) é isso que eu peço”, disse.
Sobre que estratégias se podem usar para convencer os jovens a aderir à vacinação, o vice-almirante afirmou que é muito simples: “A maior parte dos jovens será vacinada quer pela vacina, que é controlada, segura e eficaz, quer pelo vírus que não é controlado, não é seguro e é perigoso. Entre estas duas opções um ser humano racional segue pela opção mais segura, mais eficaz e mais disponível até em tempo”, finalizou.
Portugal já tem 62% da população com vacinação completa contra a covid-19 e 71% com pelo menos uma dose administrada, com os maiores de 65 anos quase totalmente vacinados.
O relatório mais recente de vacinação contra a covid-19 da DGS contabiliza 7.330.505 residentes em Portugal (71%) com pelo menos uma dose de vacina administrada e 6.403.987 pessoas (62%) com a vacinação completa.