Ainda sobre as novas orientações sanitárias para escolas, Lacerda Sales sublinhou que as normas em vigor têm como objetivo mitigar, “sempre dentro do possível”, que “uma turma vá para casa”.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, admitiu, esta quarta-feira, que poderão passar a ser diferentes as normas relacionadas com os isolamentos profiláticos após o contacto com um caso positivo entre alunos vacinados e não vacinados contra a Covid-19.
“Temos uma metodologia ainda, e repito ainda, uniforme em relação aos vacinados e não vacinados, nomeadamente, nos confinamentos, mas é algo que está em permanente evolução. Pode acontecer que, dentro de algum tempo, o próprio órgão técnico possa avançar com outro tipo de decisão”, afirmou o governante, em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração de uma nova Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) do INEM, em Alcácer do Sal.
Sobre o Referencial para as Escolas publicado ontem pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Lacerda Sales referiu que o objetivo desta orientação é que seja “o mais possível ajustada à do ano passado porque toda a comunidade escolar já a tem muito integrada e é uma informação que é muito percetível”.
Ainda assim, sublinhou o secretário de Estado, foram feitos “pequenos ajustamentos em função daquilo que é a evolução epidemiológica e do processo de vacinação”.
“[Há] algumas medidas de flexibilização para mitigar as medidas mais restritivas, como por exemplo, nos confinamentos e isolamentos profiláticos, que ficarão muito sobre a alçada das autoridades de saúde locais, nomeadamente nos contactos de alto e baixo risco, tentado, sempre dentro do possível, mitigar que uma turma vá para casa”, argumentou.
Destacando que, a par do período escolar passado, o objetivo neste ano letivo é de “promover o ensino presencial”, Lacerda Sales mostrou-se ainda confiante de que este ano, como no anterior, as escolas serão “um bom exemplo” da gestão da pandemia.
Vacinação dos 0 aos 11 anos?
Questionado sobre se Portugal arrancará com a vacinação contra o novo vírus, na faixa etária entre os 0 aos 11 anos, o governante disse que a questão ainda não está a ser avaliada a nível político, neste momento, considerando que nem existem diretrizes internacionais sobre a matéria.
“Para já, obviamente, que não. Essa é uma decisão técnica, pelas quais sempre esperamos para tomarmos decisões políticas. Não é uma decisão que esteja neste momento em cima da mesa. Claro, que pode sempre tudo evoluir, mas para já não é uma questão”, reiterou.
A DGS publicou, esta terça-feira, o Referencial para as Escolas, no qual recomenda que crianças que frequentam o 1.º ciclo usem máscara. As orientações de isolamento profilático também foram revistas e são agora mais flexíveis.