Sexo todas as manhãs: o veredicto após uma semana

Em vez de se tornar apenas mais uma tarefa – como eu temia – o sexo tornou-se algo por que esperamos ansiosamente.

Será que se consegue atingir um novo nível de intimidade com esse tipo de sexo diariamente? A resposta foi dada na primeira pessoa, através experiência de Molly Procter, uma mãe trabalhadora que aceitou o desafio de praticar sexo matinal todos os dias durante uma semana.

“Como coruja noturna que sou, a ideia de sexo matinal nunca me atraiu. Normalmente o ambiente nunca fica muito quente com meu marido Jack antes do anoitecer. É que, admito, preciso do máximo de tempo possível na cama pela manhã para me levantar.

Mas entre três filhos e um trabalho agitado, a ação – ou a falta dela – no quarto tornou-se um pouco previsível. Na tentativa de reacender a chama do desejo, propus-me ao desafio: queria que fizéssemos sexo todas as manhãs durante uma semana.

Quais os benefícios do sexo matinal?

Embora esse desafio vise fortalecer o relacionamento a dois, os seus benefícios não ficam por aí. Fazer sexo a qualquer hora é ótimo. São vários os estudos que relacionam tal prática a melhorias no sistema imunológico e memória, só para enumerar dois exemplos. Mas se o começar a fazer ainda antes do amanhecer, parece que os benefícios se multiplicam.

Qual a melhor hora do dia para ter sexo?

Participar em atividades agradáveis ​​logo pela manhã ativa as vias cerebrais que reduzem os níveis de cortisol, preparando-nos para enfrentar o resto do dia com mais energia e boa disposição. Além disso, é o momento em que o corpo – tanto do homem como o da mulher – está naturalmente pronto para o sexo. Um estudo, publicado no The Journal Of Sexual Medicine, relaciona os níveis de testosterona dos homens ao aumento da força de ereção. No caso das mulheres, os níveis de estrogénio também estão num nível mais alto pela manhã, o que resulta num aumento da libido e da sensibilidade genital.

Fiz sexo matinal por uma semana. O veredicto final

No domingo à noite, ajustei o alarme para 6h30 da manhã. Àquela hora, acordei o meu marido com algumas carícias que levaram, agradavelmente, à relação sexual. O mood pós-sexo foi cortado quando ouvi as crianças derramando os cereais na cozinha.

A manhã seguinte foi igualmente bem-sucedida. Geralmente preciso de muitas preliminares. Mas embora o tempo não estivesse do nosso lado (há muito a fazer em casa pela manhã), a ‘falta de tempo’ teve o efeito oposto.

Mas nosso sucesso inicial não durou muito. Na terça à noite, fiquei acordada até tarde para me preparar para uma reunião de negócios e, quando acordei às 6h30 da manhã, sentia-me exausta e sem interesse por sexo. Mas quando voltei para casa naquele dia, fui surpreendida pelo meu marido que havia à sua mãe para ficar com as crianças naquela noite.

Uma (inesperada) noite romântica

Para aproveitar a noite a dois, pedimos comida, assistimos Netflix e tivemos ótimo sexo. Aquele plano romântico meio improvisado foi um agradável lembrete do motivo pelo qual me propus a esse desafio em primeiro lugar: sentir-me mais próxima de Jack. Em retroespetiva, estabelecer uma meta sexual diária era uma meta a ser cumprida no contexto das nossas vidas ocupadas. Mas ajudou-nos a ser mais intencionais e a estabelecer metas na nossa vida sexual.

Na sexta-feira, a nossa filha teve um pesadelo e passou a maior parte da noite na nossa cama. Mas, no sábado, fizemos algo novo. Depois de deixar os miúdos nos respetivos clubes desportivos, livramo-nos do trabalho doméstico e voltamos para a cama.

Agora que sabemos que podemos encontrar tempo para fazer sexo várias vezes por semana, sentimos que tal aprendizagem nos deu algo por que aspirar: não por cumprir metas diárias, mas por nos conectarmos um ao outro.

Em vez de se tornar apenas mais uma tarefa – como eu temia – o sexo tornou-se algo por que esperamos ansiosamente. Em suma, este desafio fez-nos sentir mais conectados por uma semana onde as nossas mentes puderam estar noutro lugar. Um lugar onde já não íamos há algum tempo”.

IN “Women’s Health