O objetivo está traçado. Pela mão da espanhola Disa, dona da Prio, a marca Shell deverá terminar 2022 com uma rede de 40 postos de abastecimento de combustível em Portugal, avançou o Expresso

AShell tinha deixado de vender combustíveis em Portugal há 17 anos, mas está de volta. Abriu um primeiro posto em agosto do ano passado, em Gondomar, e tem hoje 14 pontos de venda no país. E não ficará por aqui. “Para o ano que vem temos um plano de expansão que prevê termos cerca de 40 postos em Portugal”, avança Guilherme Marques, membro da comissão executiva da Prio, empresa portuguesa de combustíveis controlada pela espanhola Disa, responsável pela distribuição da Shell em Espanha e, agora, também em Portugal.

Guilherme Marques é, aliás, um homem Shell. Nos anos 80 iniciou a carreira na Setnave, na construção de petroleiros, e em 1990 ingressou na Shell, onde esteve durante quase 15 anos. Em 2004 a multinacional de origem anglo-holandesa decide vender à Repsol a sua rede de postos de combustível em Portugal. Guilherme fica nos dois anos seguintes na empresa espanhola, mas em 2006 regressa à Shell, ficando a gerir o contrato que esta tinha com a espanhola Disa.

Em 2014 Guilherme passou a trabalhar para o grupo Prio e em 2019 integrou os quadros da Disa, iniciando aí o plano de regresso da Shell à venda de combustíveis em Portugal, o que se concretizaria em 2020.

A Disa começou por transformar nove postos da Prio em estações de serviço da Shell, tendo agora 14 localizações em funcionamento de Norte a Sul do país. São todos postos próprios, mas a expansão a realizar no próximo ano contempla também a introdução da marca Shell em postos detidos por terceiros.

Para já, até ao final deste ano a Shell conta abrir mais dois postos em Portugal. Guilherme Marques assegura ao Expresso que a Prio continuará a ser uma aposta da Disa. “A Shell não vai crescer à conta da Prio”, afirma o gestor.