Professor Carlos Dobreira de Braga recebe menção honrosa pela prática de plogging

O professor de História e educação especial, Carlos Dobreira, residente em Palmeira, Braga, recebeu uma menção honrosa pela prática de plogging, uma combinação de corrida com recolha de lixo.

A distinção integra-se no âmbito da primeira edição da iniciativa Movimento Faz Pelo Planeta By Electrão, uma campanha lançada em Maio pelo Electrão, que pretende trazer para a ribalta ativistas anónimos, também designados de “big changers“.

Desde junho de 2019 que o professor recolhe beatas de cigarro e outros resíduos em seis concelhos do Centro e Norte de Portugal: Amares, Braga, Esposende, Ílhavo, Seia e Terras de Bouro. No total já recolheu mais de 60 mil beatas de cigarros e outro tipo de resíduos ao longo de 166 sessões cronometradas de plogging.

Uma outra menção honrosa foi atribuída a Miguel Lacerda, um ambientalista a tempo inteiro residente em Cascais, fundador da Associação Cascaisea, que dedica a sua vida à sensibilização para a problemática do lixo marinho, com estudos, livros e formações para crianças e adultos com o objetivo de mudar mentalidades.

A grande vencedora desta iniciativa é Lídia Nascimento. Tem 50 anos, é tradutora de inglês-alemão e reside em Santa Cruz, Torres Vedras. Há 20 que recolhe lixo das praias: embalagens, brinquedos, redes de pesca, medicamentos e até chaves.

A página de Lídia Nascimento “Mar à deriva – Adrift Sea” tem nove mil seguidores no Facebook e mais de 6700 no Instagram. Usa as redes sociais – não as redes de pesca que recolhe nas praias – para alertar para a quantidade desmedida de plástico à deriva e não só. “Queremos que os nossos filhos tenham um planeta para viver no futuro, bem como os filhos das baleias, dos golfinhos, dos cavalos-marinhos”, escreve nas páginas que usa como mostruário dos ‘espécimes artificiais’ captados à beira mar.

Nas empresas também se faz a diferença

O Electrão procurou agentes de mudança, não só na comunidade, os “big changers”, mas também dentro das empresas, onde há sempre alguém que se destaca fazendo a diferença e impulsionando boas práticas ambientais. Na categoria de “corporate changers” o prémio foi para a Infraestruturas de Portugal. A empresa foi eleita nesta categoria pelos projetos de sensibilização que desenvolve internamente e por ter reunido a maior quantidade de resíduos para reciclagem, tal como previsto no regulamento do prémio.

Os vencedores desta primeira edição, eleitos pelo júri do projeto, recebem os prémios na tarde desta quinta-feira, 18 de novembro, num evento intimista na Fábrica Braço de Prata, em Lisboa. Terão oportunidade de viajar a um parque florestal da Europa. A empresa vencedora terá ainda acesso a planos de consultoria ambiental.

“O número de candidatos a ‘big changers’ e ‘corporate changers’ aproximou-se dos 100 a nível global. Em 2022 queremos elevar a fasquia e aumentar a participação. Vamos voltar a premiar quem já faz pelo planeta, mas com muitas novidades. Queremos potenciar a mudança de que necessitamos para um planeta mais sustentável”, sublinha o Director-Geral do Electrão, Pedro Nazareth.

Para inspirar a participação de muitos ambientalistas que ainda se encontram na sombra, o movimento envolveu na iniciativa alguns dos influenciadores mais conhecidos nestas áreas: Ana Milhazes (Lixo Zero), Anna Masiello (Hero to Zero), Catarina e Rita Leitão (Zero Plástico), Catarina Matos (Mind the Trash), Gonçalo de Carvalho (SCIAENA), Inês Soares (Nononovo), Joana Tadeu e Raquel Gaspar (Ocean Alive).

Esta iniciativa do Electrão, com o alto patrocínio da Presidência da República, tem como parceiros governamentais a Agência Portuguesa do Ambiente e o Instituto Português do Desporto e Juventude. Entre os parceiros associativos e empresariais do movimento estão o BCSD – Business Council for Sustainable Development, Corpo Nacional de Escutas, Deco Proteste, EGF, ESGRA, Lidl Portugal, Liga dos Bombeiros Portugueses, Quercus e Veolia.

Sobre o Electrão:

O Electrão – Associação de Gestão de Resíduos é a entidade responsável por três dos principais sistemas de recolha e reciclagem de resíduos: embalagens, pilhas e equipamentos elétricos usados. Gere uma rede de recolha de equipamentos elétricos e pilhas usadas com mais de 6000 locais de recolha dispersos por todo o território nacional e é também responsável pela reciclagem de embalagens em todo o país. A sua principal missão é assegurar a reciclagem dos resíduos recolhidos, contribuindo para a minimização do impacto ambiental e para um reaproveitamento dos materiais que os constituem promovendo a economia circular. Desenvolve diversas campanhas de comunicação e sensibilização com o objetivo de promover uma maior consciencialização ambiental e uma mudança de comportamentos, de que se destacam o Quartel Electrão, a Escola Electrão e o TransforMAR.