As perspetivas são “boas”, mas o presidente da Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos considera “importante que algumas medidas [de apoio às empresas] se mantenham ou mesmo sejam reforçadas”.
Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE) mostrou-se, esta sexta-feira, satisfeita com as novas medidas anunciadas pelo Governo, destacando o fim da necessidade de apresentar certificado digital ou teste negativo para aceder a eventos.
“Estas medidas são bem-vindas e esperamos que representem uma nova fase para o nosso setor, que foi um dos mais afetados. Profissionais, empresas e público sofreram com as duras e prolongadas restrições impostas ao setor da cultura e dos eventos ao longo de todo o período pandémico”, refere Pedro Magalhães, presidente da APSTE, citado em comunicado . “A recuperação do setor será um caminho longo, mas é com satisfação que recebemos estas notícias”, acrescenta.
Dados divulgados pela associação revelam que, no final do ano passado, o setor reportou quebras “a rondar os 80% desde março de 2020, após dois anos de grandes constrangimentos”.
“Apenas em dezembro do ano passado, o setor terá sofrido perdas de mais de 30 milhões de euros devido ao cancelamento de Festas de Natal e Passagem de ano, entre outros eventos que ficaram condicionados pelas restrições”, pode ler-se no mesmo comunicado.
“”pesar de boas perspetivas relativamente ao levantamento das restrições, não podemos esquecer o duro período de quebra de atividade, para o qual estamos agora a ver, pela primeira vez, hipóteses reais de retoma. Tendo em conta as quebras que sofremos, achamos importante que algumas medidas se mantenham ou mesmo sejam reforçadas, nesta fase de transição, nomeadamente o programa Apoiar”, reforçou Pedro Magalhães.
Em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, na quinta-feira, a ministra Mariana Vieira da Silva referiu que deixa de vigorar a “exigência de teste negativo para acesso a grandes eventos, recintos desportivos e bares e discotecas”. A ministra anunciou também o fim da “exigência de certificado digital”.